Ministro da Educação diz que não conhecia pastores lobistas
Victor Godoy justificou ainda o envio de kits de robótica para escolas sem água encanada
Larissa Arantes
O ministro da Educação, Victor Godoy, afirmou nesta 4ª feira (11.maio) que não conhecia os pastores Arilton Moura e Gilmar Santos, acusados de cobrarem propina para liberação de recursos da pasta para prefeitos. Godoy participa de audiência das comissões de Educação e de Fiscalização da Câmara e também respondeu sobre a compra de kits de robótica para cidades com escola sem internet e água encanada. O ministro argumentou que o ministério não pode negar o envio do material em função da falta de infraestrutura. Segundo ele, é preciso garantir a solução de ambas as questões.
"O paralelo seria: porque a escola não tem banheiro, eu vou parar de enviar o livro didático. Eu vou primeiro resolver a questão do banheiro para depois resolver o material didático. Então o Ministério da Educação tem que pensar de maneira transversal. Eu tenho que oferecer o material didático e eu tenho que resolver o problema do saneamento, da água e da conectividade. E é dessa forma que nós temos trabalhado", destacou.
Sobre as denúncias de atuação de pastores, Godoy explicou que só esteve com os pastores em três eventos que ocorreram no auditório do MEC nos quais ele foi convidado para compor a mesa de abertura. Afirmou ainda que não participava de agendas com os pastores e não tinha conhecimento dos assuntos que eram tratados por eles. O caso foi revelado pelo jornal O Estado de São Paulo. Já a destinação dos kits de robótica foi revelada pelo jornal Folha de São Paulo.
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O ministro foi questionado ainda sobre as obras relacionadas à pasta da educação inacabadas no país e justificou que o início de novos empreendimentos mesmo com outros paralisados é um problema histórico do país. Segundo ele, existem atualmente 1.072 obras paralisadas, que são aquelas em que o município tem um termo de compromisso vigente - medida necessária para garantir a construção - e outras 2.574 obras inacabadas, que não têm termo vigente. Por isso, de acordo com Godoy, o foco é na conclusão.