Nova fase da CPI mira em integrantes do governo no caso de vacinas
Entenda as linhas de investigação traçadas até aqui; trabalhos voltam após o recesso
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Em meio ao recesso parlamentar, a cúpula da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia entra em uma nova fase e prepara uma ofensiva contra integrantes do governo. Com a volta dos trabalhos prevista para 3 de agosto, senadores querem avançar nas linhas de investigação sobre a compra das vacinas. São apuradas denúncias de propina na aquisição dos imunizantes e suposta omissão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em casos de corrupção dentro do Ministério da Saúde.
Com a prorrogação, a CPI pode se estender até o início de novembro. Até o momento, a principal consequência do colegiado foi a abertura de um inquérito na Polícia Federal que apura suposta prevaricação de Bolsonaro. Isso porque o deputado Luis Miranda (DEM-DF) e o irmão, o servidor da Saúde Luis Ricardo Miranda, contam que teriam avisado o chefe do Executivo sobre uma "pressão atípica" na aquisição de doses da vacina indiana Covaxin. A investigação foi um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O depoimento dos irmãos Miranda revelou que, durante o encontro, Bolsonaro teria citado envolvimento do líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), no caso. O deputado nega as acusações. Há, ainda, a suspeita de pedidos de propina na aquisição de vacinas. Neste caso, estariam envolvidos integrantes do ministério, como o ex-secretário executivo Elcio Franco; o ex-diretor de Logística Roberto Dias e o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Com isso, durante o intervalo de 15 dias até a volta do colegiado, senadores preparam requerimentos de convocação de autoridades. Além de Barros, devem ser chamados os ministros Onyx Lorenzoni, da Secretaria-Geral da Presidência, e Braga Netto, da Defesa. Assim como Pazuello deve ser novamente convocado. A expectativa é de que seja ouvido até setembro.
Entendas as linhas de investigação da CPI até o momento:
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