Diretora da Precisa nega proposta de 10 dólares por dose da Covaxin
Em depoimento à CPI, Emanuela Medrades contestou a ata de reunião do Ministério da Saúde
Gabriela Vinhal
A diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, negou nesta 4ª feira (14.jul) que a empresa tenha feito uma proposta de US$ 10 por dose da Covaxin ao Ministério da Saúde, em novembro de 2020.
Segundo a técnica, não houve aumento de preço na unidade do imunizante, posteriormente negociado a US$ 15. "Não houve nenhuma oferta por U$$ 10 a dose", afirmou, em depoimento à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.
Emanuela foi questionada pelo relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), sobre o aumento de preço da dose. Documentos enviados pela Saúde à CPI mostram que, em reunião de 20 de novembro, a oferta era de US$ 10 por dose. Já no contrato assinado em fevereiro deste ano, intermediado pela Precisa, a unidade era mais cara.
"Essa memória de reunião foi unilateral, confeccionada pelo Ministério da Saúde e que nós, parte da reunião, não tivemos oportunidade de ler, assinar ou validar o que estava escrito. Posso garantir que não houve nenhuma oferta de 10 dólares por dose e nós o tempo todo tentamos que esse produto fosse mais barato para o Brasil", esclareceu Emanuela Medrades.
Veja reportagem do SBT Brasil: