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Congresso

Servidor relata à CPI pressão atípica para liberar compra da Covaxin

Luis Ricardo e o irmão, deputado Luis Miranda, compartilharam conversas telefônicas ao colegiado

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Luis Ricardo Miranda
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O servidor Luis Ricardo Miranda afirmou nesta 6ª feira (25.jun) que houve uma pressão atípica dentro do Ministério da Saúde pela liberação da compra da Covaxin, imunizante indiano. O funcionário público presta depoimento nesta tarde ao lado do irmão, o deputado Luís Miranda (DEM-DF). Ao colegiado, o parlamentar disponibilizou prints de conversas no Whatsapp com o irmão e com integrantes do governo federal. 

"Avise o presidente que está rolando um esquema de corrupção pesado na aquisição das vacinas dentro do Min. da Saúde. Tenho as provas e as testemunhas", disse o deputado em 20 de março, a Diniz Coelho, auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). "Não esquece de avisar o PR (presidente Jair Bolsonaro). Depois não quero ninguém dizendo que eu implodi a República. Já tem a Polícia Federal no caso. Ele precisa saber e se antecipar", completou. 

No mesmo dia, o servidor disse ao deputado que foi pressionado pelo ex-secretário executivo da Saúde Elcio Franco, braço direito do ex-ministro da pasta Eduardo Pazuello, para "andar rápido com a importação dessa vacina". Luis Miranda pediu que o irmão avisasse a Polícia Federal. O servidor já havia prestado depoimento ao Ministério Público Federal sobre a pressão pela aprovação da Covaxin.

"Durante toda a execução desse contrato, diversas mensagens recebi, ligações, chamadas no gabinete sobre o status do processo desse contrato. No dia 21 de maio, por exemplo: 'Luis, boa noite!'. É o Alex Leal Marinho, coordenador. 'Novidades sobre a Covaxin? Liguei para a empresa e não consegui falar.' 'Perdão! Boa noite! Liguei e não consegui falar com você.'" "Sem problemas. Teve novidade?", mostrou. 

Luis Ricardo enviou um áudio a Luis Miranda dizendo que "milhões de seringas chegando (no Brasil) e nunca recebi uma ligação de ninguém, nem de empresa, de diretor, de assessor de secretário, ninguém. Já nesse... meu amigo. O que tem gente em cima pressionando e falando. Aí você já fica com o pé atrás, entendeu?". O parlamentar e o irmão foram à CPI como convidados, ou seja, não têm o compromisso de falar a verdade e, tampouco, podem ser presos.

Veja reportagem do SBT Brasil:

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