Governo pressiona para senadores retirarem apoio à CPI da Saúde
Alvo é parlamentares de partidos de centro, como PSDB e PSD
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Após o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), afirmar que irá cumprir a decisão do ministro Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), e instalará a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a conduta do Executivo na pandemia, governo trabalha para senadores retirarem apoio ao requerimento de abertura do colegiado.
Segundo interlocutores do governo, o principal alvo é parlamentares dos partidos de centro, como PSDB e PSD, dos quais os líderes não assinaram o requerimento. A pressão por convencimento já teve início na noite de 5ª feira (8.abr) e continuou nesta 6ª feira (9.abr), de acordo com relatos dos senadores. As ligações e os apelos precisam convencer ao menos seis senadores para inviabilizar a abertura da CPI, que tem 32 assinaturas, quando são necessárias apenas 27.
Pacheco avaliou como "equivocada" a decisão de Barroso e disse que o Senado vinha buscando um "enfrentamento inteligente da pandemia, pautado na pacificação, na união, na coordenação". No entendimento dele, a CPI pode degradar essa cooperação.
"Eu considero que CPI de pandemia, neste mometo, com a gravidade da pandemia, que nos exige união, vai ser um ponto fora da curva. Mais do que um ponto fora da curva, pode ser o coroamento do insucesso nacional no enfrentamento à pandemia" opinou.
Pacheco ressaltou, no entanto, defender a investigação dos "malfeitos ocorridos no enfrentamento à pandemia de quem quer que seja, no mais alto escalão", mas em um momento posterior: "Como se pretende apurar o passado se nós não resolvemos o nosso presente e o nosso futuro?"
Senadores protocolaram um pedido de instalação de CPI em 15 de janeiro para investigar se houve eventuais omissões do governo nas medidas de combate à doença. Trinta e um parlamentares assinaram o requerimento.
+ STF divulga nota sobre declarações de Bolsonaro
+ Bolsonaro acusa Barroso de agir politicamente ao determinar CPI
Segundo interlocutores do governo, o principal alvo é parlamentares dos partidos de centro, como PSDB e PSD, dos quais os líderes não assinaram o requerimento. A pressão por convencimento já teve início na noite de 5ª feira (8.abr) e continuou nesta 6ª feira (9.abr), de acordo com relatos dos senadores. As ligações e os apelos precisam convencer ao menos seis senadores para inviabilizar a abertura da CPI, que tem 32 assinaturas, quando são necessárias apenas 27.
Pacheco avaliou como "equivocada" a decisão de Barroso e disse que o Senado vinha buscando um "enfrentamento inteligente da pandemia, pautado na pacificação, na união, na coordenação". No entendimento dele, a CPI pode degradar essa cooperação.
"Eu considero que CPI de pandemia, neste mometo, com a gravidade da pandemia, que nos exige união, vai ser um ponto fora da curva. Mais do que um ponto fora da curva, pode ser o coroamento do insucesso nacional no enfrentamento à pandemia" opinou.
Pacheco ressaltou, no entanto, defender a investigação dos "malfeitos ocorridos no enfrentamento à pandemia de quem quer que seja, no mais alto escalão", mas em um momento posterior: "Como se pretende apurar o passado se nós não resolvemos o nosso presente e o nosso futuro?"
Decisão
O ministro Luís Roberto Barroso, do ST), determinou nesta 5ª feira (8.abr) que o Senado instale uma CPI para apurar a conduta do governo no enfrentamento à pandemia de covid-19. A ação judicial foi apresentada pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Jorge Kajuru (Cidadania-GO).Senadores protocolaram um pedido de instalação de CPI em 15 de janeiro para investigar se houve eventuais omissões do governo nas medidas de combate à doença. Trinta e um parlamentares assinaram o requerimento.
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