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Congresso

Bia Kicis é acusada de incitar crime no caso de PM morto em Salvador

Vice-presidente da Câmara disse que estímulo a motim é grave. Oposição acusa deputada de fake news

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Bia Kicis
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O vice-presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos (PL-AM), criticou a mensagem da presidente da Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, Bia Kicis (PSL-DF), em apoio ao policial militar Wesley Góes, morto na noite do último domingo (28.mar) após um surto psicótico. Ele afirmou que a condição de parlamentar "não nos permite incitar o cometimento de crimes. A condição de presidente da CCJ, menos ainda".
 

Deputados da oposição também atacaram a mensagem de Bia Kicis. A deputada federal Fernanda Melchionna (PSOL-RS) classificou como crime as declarações.

"É inaceitável que a presidente da CCJ, que deveria ser um exemplo de respeito à Constituição, se sinta à vontade para espalhar notícias falsas", diz a nota. "Bia Kicis utilizou o fato de um PM em surto ser morto ao atacar colegas a tiros na Bahia para faturar politicamente com a tragédia (...) O limite do bom senso já foi superado há muito tempo e qualquer condescendência com as atitudes de Bia Kicis é cumplicidade com crimes."

O deputado Ivan Valente (PSOL-SP) defendeu a expulsão de Bia Kicis da CCJ. "Esta deputada delinquente bolsonarista precisa ser expulsa da Comissão."
 

Já o deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), defendeu uma reação imediata do Congresso Nacional. "Bia Kicis e demais deputados extremistas querem alimentar o caos usando a PM para provocar uma guerra com governadores e justificar o golpe."
 

A deputada federal e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, disse que a deputada terá que se explicar junto a Comissão: "É muito grave a postagem mentirosa da deputada Bia Kicis".
 

O ex-candidato à presidência, Fernando Haddad (PT-SP), comparou Bia Kicis ao deputado Daniel Silveira (PSL-RJ), preso após incitar o AI-5 e defender o fechamento do Supremo Tribunal Federal.
 

Kicis publicou uma mensagem dizendo que o policial foi morto por se recusar a prender trabalhadores e a não obedecer às ordens "ilegais", segundo a deputada, do governador Rui Costa Pimenta (PT-BA). Na mensagem, ela chamou o soldado de herói e afirmou: "Chega de cumprir ordem ilegal!".

O Código Penal Militar, no artigo 149, define pena de reclusão de 4 a 8 anos o motim contra ordens superiores, com aumento de pena de 8 a 20 anos caso os agentes estejam armados. Já a Lei de Segurança Nacional, no artigo 23, pune com reclusão de 1 a 4 para quem incitar a animosidade entre as Forças Armadas ou entre estas e as classes sociais ou as instituições civis.

Nesta 2ª feira (29.mar), Bia Kicis afirmou que reconhece a "fundamental hierarquia militar" e que apagou a publicação após a comoção. "Removi o post para aguardamos as investigações".

 

Assista à reportagem completa do SBT Brasil

 
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