Maia diz que eleição à Presidência da Câmara deve acabar na Justiça
O deputado afirmou que Jair Bolsonaro tem interferido no pleito de maneira "antidemocrática" tentando "comprar" parlamentares com emendas e cargos
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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta 6ª feira (11 dez) que a eleição que definirá seu substituto deverá acabar na Justiça. O deputado acusa o governo de Jair Bolsonaro de interferir no pleito de maneira "antidemocrática" tentando "comprar" parlamentares com emendas e cargos no Executivo.
Para o presidente da Câmara, a estratégia de Bolsonaro é típica de um "governo que não respeita a política e a democracia, que fica recebendo no gabinete do Secretário de Governo deputados de esquerda achando que alguém está à venda". Maia, contudo, acredita que os parlamentares não aceitarão a moeda de troca do Executivo. O candidato do governo, Arthur Lira (PP-AL), tenta conquistar a oposição, que reúne 130 votos, para compor seu bloco.
"Pelo amor de Deus, eles falaram muito em modernizar a política e limpar a política e eles estão propondo algo que eu tenho certeza que o Parlamento não vai aceitar que é se colocar a venda por emenda e por cargo. Tenho certeza que a Câmara vai ser muito maior que isso e vai eleger um presidente independente", completou.
Durante a semana, Maia criticou a postura do governo em querer lançar um candidato à presidência da Casa. O presidente da Câmara chegou a dizer que Bolsonaro estava "desesperado" para emplacar um aliado para avançar nas agenda de costumes neste ano, já com os olhos para as eleições presidenciais de 2022.
Maia x Guedes
O deputado rebateu ainda as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribui a ele o fiasco da agenda de privatizações. Maia afirmou que a privatização da Eletrobras não avançou, porque Guedes negocia a modelagem que beneficiaria acionistas, incluindo uma usina que a concessão está para vencer.
Segundo o economista, o presidente da Câmara teria feito um acordo com parlamentares da esquerda para evitar que a pauta caminhasse na Casa. "Não andou (a agenda), porque está sob suspeição, porque querem incluir uma usina na privatização da Eletrobras e isso vai beneficiar os acionistas atuais da Eletrobrás. E quero ver o ministro falar que é mentira o que estou falando, que a equipe dele fala isso".
PEC Emergencial
Maia também disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial virou uma "piada" diante do adiamento da apresentação do parecer do projeto para 2021, anunciado pelo relator, o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Ele já tinha ironizado o atraso na votação do texto e afirmou que levaria um bolo para o governo para celebrar o atraso de um ano.
"O governo vem interferindo de forma antidemocrática no processo de eleição da Câmara. Os partidos de esquerda já entraram no TCU (Tribunal de Contas da União) e acredito que vá acabar no judiciário brasileiro, porque (o governo) acha que deputado vai se vender por emenda", disse Maia em um evento do LIDE.
Para o presidente da Câmara, a estratégia de Bolsonaro é típica de um "governo que não respeita a política e a democracia, que fica recebendo no gabinete do Secretário de Governo deputados de esquerda achando que alguém está à venda". Maia, contudo, acredita que os parlamentares não aceitarão a moeda de troca do Executivo. O candidato do governo, Arthur Lira (PP-AL), tenta conquistar a oposição, que reúne 130 votos, para compor seu bloco.
"Pelo amor de Deus, eles falaram muito em modernizar a política e limpar a política e eles estão propondo algo que eu tenho certeza que o Parlamento não vai aceitar que é se colocar a venda por emenda e por cargo. Tenho certeza que a Câmara vai ser muito maior que isso e vai eleger um presidente independente", completou.
Durante a semana, Maia criticou a postura do governo em querer lançar um candidato à presidência da Casa. O presidente da Câmara chegou a dizer que Bolsonaro estava "desesperado" para emplacar um aliado para avançar nas agenda de costumes neste ano, já com os olhos para as eleições presidenciais de 2022.
Maia x Guedes
O deputado rebateu ainda as declarações do ministro da Economia, Paulo Guedes, que atribui a ele o fiasco da agenda de privatizações. Maia afirmou que a privatização da Eletrobras não avançou, porque Guedes negocia a modelagem que beneficiaria acionistas, incluindo uma usina que a concessão está para vencer.
Segundo o economista, o presidente da Câmara teria feito um acordo com parlamentares da esquerda para evitar que a pauta caminhasse na Casa. "Não andou (a agenda), porque está sob suspeição, porque querem incluir uma usina na privatização da Eletrobras e isso vai beneficiar os acionistas atuais da Eletrobrás. E quero ver o ministro falar que é mentira o que estou falando, que a equipe dele fala isso".
PEC Emergencial
Maia também disse que a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) Emergencial virou uma "piada" diante do adiamento da apresentação do parecer do projeto para 2021, anunciado pelo relator, o senador Márcio Bittar (MDB-AC). Ele já tinha ironizado o atraso na votação do texto e afirmou que levaria um bolo para o governo para celebrar o atraso de um ano.
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