Sem citar Bolsonaro, Lira lança candidatura a presidente da Câmara
Com a presença de lideranças do Centrão, o deputado se coloca como candidato do governo na disputa pela sucessão de Rodrigo Maia
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O deputado Arthur Lira (PP-AL) oficializou nesta 4ª feira (9 dez) a candidatura à Presidência da Câmara, em uma cerimônia na presidência do PP, com a presença de líderes partidários do Centrão. Mesmo com o apoio do governo, o parlamentar não citou o presidente Jair Bolsonaro em seu discurso. Elogiou a capacidade própria de firmar acordos, afirmou que dará voz a todos os parlamentares, mesmo aqueles da oposição, e que trabalhará pela representatividade feminina na Mesa Diretora da Casa.
"Vou tocar os próximos dois anos de uma maneira diferente de como a Casa vem sendo administrada. Não que venha sendo mal administrada, mas cada presidente tem a sua marca. E a minha, por onde passei, tive a honra de estar como hoje por seis vezes como líder do meu partido", disse Lira, logo no início do discurso. O líder do PP chegou à cerimônia logo após o fim da coletiva de imprensa convocada por Maia, em horários similares no Congresso Nacional.
Segundo Lira, se eleito, fará reuniões de líderes toda quinta-feira para que os parlamentares saibam a pauta "com antecedência e democracia". As relatorias, informou o deputado, voltarão a ser entregues pela proporcionalidade partidária e defendeu que relatores tenham autonomia sobre os próprios relatórios. "É assim que aprendi a trabalhar, respeitando as decisões do plenário e principalmente honrando acordos que são feitos".
Com o slogan "Para toda a Câmara ter voz", Lira tenta atrair a oposição, que reúne cerca de 130 congressistas. A bancada ainda não decidiu quem irá apoiar nas eleições, mas Maia também tem feito ofensivas para conquistar a esquerda. Diante do cenário incerto, o líder do Centrão fez questão de citar durante o discurso que trabalhará para haver ao menos uma mulher na Mesa Diretora.
"A capacidade da mulher neste Parlamento não é para tratar apenas dos temas das mulheres, mas de qualquer área", afirmou. "O Brasil precisa das pautas, do compromisso com a democracia. A voz do deputado tem que ser ouvida", completou. O deputado ressaltou ainda que, "quem não cumpre acordo, não gera credibilidade, não gera simpatia e não gera prosperidade legislativa".
Além do presidente da sigla, Ciro Nogueira (PP-PI), e do líder do Governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), estavam presentes na solenidade lideranças do PL, do PSD, do Avante, do Solidariedade, do PSC e do Patriota, além de parlamentares do Pros e dos bolsonaristas do PSL. O deputado Marcelo Ramos (PL-AM), que até então era um candidato do grupo rival de Lira, comandado pelo atual presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), também prestigiou Lira, a quem apoiará no pleito do ano que vem.Hoje damos início à caminhada rumo à presidência da Câmara dos Deputados. Construímos um bloco de partidos com o mesmo propósito. Estamos fortes e reunidos com a confiança de que seremos uma só voz, ouvindo e respeitando todos os deputados.#arthurlira #paratodacamaratervoz pic.twitter.com/TpjEjiSCYC
? Arthur Lira (@ArthurLira_) December 9, 2020
"Vou tocar os próximos dois anos de uma maneira diferente de como a Casa vem sendo administrada. Não que venha sendo mal administrada, mas cada presidente tem a sua marca. E a minha, por onde passei, tive a honra de estar como hoje por seis vezes como líder do meu partido", disse Lira, logo no início do discurso. O líder do PP chegou à cerimônia logo após o fim da coletiva de imprensa convocada por Maia, em horários similares no Congresso Nacional.
Segundo Lira, se eleito, fará reuniões de líderes toda quinta-feira para que os parlamentares saibam a pauta "com antecedência e democracia". As relatorias, informou o deputado, voltarão a ser entregues pela proporcionalidade partidária e defendeu que relatores tenham autonomia sobre os próprios relatórios. "É assim que aprendi a trabalhar, respeitando as decisões do plenário e principalmente honrando acordos que são feitos".
Com o slogan "Para toda a Câmara ter voz", Lira tenta atrair a oposição, que reúne cerca de 130 congressistas. A bancada ainda não decidiu quem irá apoiar nas eleições, mas Maia também tem feito ofensivas para conquistar a esquerda. Diante do cenário incerto, o líder do Centrão fez questão de citar durante o discurso que trabalhará para haver ao menos uma mulher na Mesa Diretora.
"A capacidade da mulher neste Parlamento não é para tratar apenas dos temas das mulheres, mas de qualquer área", afirmou. "O Brasil precisa das pautas, do compromisso com a democracia. A voz do deputado tem que ser ouvida", completou. O deputado ressaltou ainda que, "quem não cumpre acordo, não gera credibilidade, não gera simpatia e não gera prosperidade legislativa".
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