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Congresso

Com julgamento de reeleição no STF, Maia articula sucessão na Câmara

Deputado quer formar um bloco com 300 parlamentares da oposição e do "Centrão independente" para vencer Arthur Lira (PP-AL) na disputa pela Presidência

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O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ)
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O Congresso Nacional amanhece nesta 6ª feira (4 dez) de olho no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF), que julgará a possibilidade de reeleição dos presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP). A análise tensiona a articulação do deputado fluminense para manter-se - direta ou indiretamente - no poder da Casa Legislativa e desafiar o governo federal, que já abençoou a candidatura do líder Arthur Lira (PP-AL) ao posto. 

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A aliados, Maia não se coloca oficialmente como candidato, caso o resultado do julgamento abra caminho para outro mandato. Entretanto, se o nome de um aliado não vingar, dizem não descartar entrar na disputa. Entre os políticos que trabalham pela eleição presidencial estão Aguinaldo Ribeiro (PP-PE), Baleia Rossi (MDB-SP), Elmar Nascimento (DEM-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP) e Luciano Bivar (PSL-PE). 

O sexto nome do grupo formado por Maia desistiu na 5ª feira (3 dez). O deputado Marcelo Ramos (PL-AM) decidiu não brigar com o próprio partido e abriu mão da disputa. Isso porque o PL integra a base aliada do governo e apoia a candidatura de Lira, mesmo sem ter formalizado a posição. Ramos, contudo, se diz "independente" e é um forte crítico à gestão do presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido).

Para conseguir vencer a disputa contra Lira, Maia tenta organizar um bloco com ao menos 300 deputados. O desafio é encontrar um candidato que agrade tanto a oposição, com 120 parlamentares, quanto a parcela do Centrão que não se aliou ao Executivo. Os congressistas contrários ao governo, entretanto, ainda estão divididos. PSB, Psol e Rede assinaram uma carta na última 3ª feira (1º dez), destinada ao STF, contra a renovação do mandato. 

Congressistas ouvidos pela reportagem alegam não ser uma questão pessoal com Maia, mas declaram considerar a reeleição inconstitucional. PT, PCdoB e PDT, que não compactuaram com o ofício, ainda estudam uma posição. O líder da oposição na Câmara, Alessandro Molon (PSB-RJ), deve convocar uma reunião com o grupo na semana que vem para discutir estratégias para o tema para além da questão partidária. 

O julgamento impulsionou a busca de Maia por apoio e nas últimas semanas e já se reuniu com aliados e com oposicionistas para tratar da eleição. Nos encontros, parlamentares admitem que o presidente da Câmara não se colocou como candidato. Mas também não negou que poderia se lançar como candidato se a Corte decidir favoravelmente à reeleição. 

O deputado também conversa com presidentes dos partidos para formalizar a união. A negociação tratará tanto de cadeiras em comissões importantes da Casa quanto para a eleição da Mesa Diretora.
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