Reino Unido estuda regras mais rígidas para imigração
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Na cidade que tantos admiram, o que o brasileiro sente é medo. "Muito. o tempo todo. sempre. a gente tá sempre andando, quando vê viaturas assim, quando vê policiais ou coisa assim"
Ele usa documentos falsos, estratégia usada por milhares de imigrantes estrangeiros no Reino Unido:
"A partir daí já começa uma outra luta que é a procura do emprego, onde sempre vão te pedir dinheiro pra estar te indicando em algum trabalho. Se você vai começar num trabalho, as vezes eles vão te cobrar 300 libras, 400 libras pra começar num trabalho…
E isso quem faz geralmente é brasileiro ?
Exatamente
É brasileiro agenciando brasileiro…
Brasileiros que "trapaçam" brasileiros, passam pra trás brasileiros.
Você já levou algum golpe aqui ?
Já. Várias vezes.
Trabalhou e não recebeu ?
Exato. Trabalhei em construção civil, em obras, depois de um tempo.. A primeira semana, eles vem e te pagam. A segunda semana eles te pagam a metade. Na terceira semana já não te pagam, te colocam pra trabalhar pelo menos umas 4 semanas assim te enrolando dizendo que vão te pagar e depois te dizem que não vão te pagar, pra vc ir procurar seus direitos"
A situação deste brasileiro é ilegal sim, mas durante anos, trabalhadores como ele foram tolerados no Reino Unido pra fazer o trabalho que os ingleses normalmente não queriam, como em obras, limpeza e cozinhas. Agora, com índices recordes de desemprego, essas pessoas não são mais bem-vindos a terra da rainha.
O que era só uma sensação os ingleses começaram a transformar cada vez mais em números, que em tempos de crise, são muito preocupantes pra eles. Segundo as últimas estatísticas, o grupo da população que mais cresce é justamente o de imigrantes: 70 milhões até o fim da década de 2020.
O crescimento da população britânica vai ser assim: um pouquinho por conta dos ingleses e um tanto por conta dos imigrantes. Por isso, as novas regras que o governo quer implementar são duras. Uma delas só permite novos imigrantes que ganhem, pelo menos, R$ 8 mil por mês. Não importa se o sujeito é um pesquisador ou professor universitário. Importa sim se ele tem dinheiro pra gastar.
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