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Polícia usa imagens para identificar assassino de dentista em SP

Laudo mostra que vítima levou tiro na cabeça e teve corpo queimado; investigação reforça indícios contra o ex-namorado

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Polícia usa imagens para identificar assassino de dentista em SP (Reprodução/Instagram)
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A Polícia Civil recolheu imagens de câmeras de segurança e analisa arquivos de celular para tentar identificar quem matou a dentista Bruna Angleri, em Araras (SP), na 4ª feira (27.abr).

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O ex-namorado, o cantor sertanejo João Vittor, é o principal suspeito. Provas reforçam a tese de feminicidio.

Bruna Angleri tinha 40 anos e foi encontrada morta na cama, em sua casa, um condomínio de alto padrão, com o rosto deformado, costela fraturada e com o corpo parcialmente carbonizado.

Perícia do Instituto de Criminalística revelou um tiro no crânio, possivelmente disparado contra o rosto da dentista. O exame toxicológico também mostrou que a vítima morreu antes de ter o corpo carbonizado.

Coordenadora de um curso de pós-graduação na Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic, em Araras, ela deixou um filho, fruto de casamento anterior ao relacionamento com o suspeito. O garoto completa 8 anos neste sábado (30.set).

Amigos, familiares e entidades realizam neste domingo (1.out), em Araras -- a 171 quilômetros de São Paulo --, uma manifestação por Justiça e para cobrar da polícia uma solução para o caso.

Suspeito 

João Vittor foi intimado pelo delegado Tabajara Zuliane a depor no mesmo dia do crime, em decorrência da medida protetiva que ela tinha contra ele. 

Investigadores descobriram que outras ex-companheiras haviam registrado queixas anteriores. Uma delas, mãe de um filho do cantor, também tinha medida protetiva contra ele, como a dentista morta.

O cantor se apresentou com um advogado e negou envolvimento com o crime. O delegado disse que o suspeito apresentou um álibi, indicou local e pessoas que poderiam confirmar e teve o telefone celular apreendido. Mas não fez exame residuográfico, que poderia indicar resquícios de pólvora nas mãos.

Imagens de câmeras de segurança dos locais onde ela esteve antes do crime e do condomínio, obtidas por investigadores, reforçaram as suspeitas contra o ex. 

O caso, registrado pela polícia inicialmente como homicídio, é investigado como crime de feminicidio. A dentista havia relatado descumprimento da medida protetiva pelo ex, que não aceitava o fim do relacionamento.

A dentista teve um namoro de cerca de sete meses com o suspeito e há pouco mais de um mês havia rompido. No dia 10 de agosto, após ele invadir sua casa no condomínio, a vítima registrou um denúncia na polícia por agressão e danos ao patrimônio.

O advogado Wagner Moraes, que defende o ex, disse que ele é inocente. "Meu cliente, assim que foi intimado, juntamente com ele, comparecemos na polícia. Ele prestou depoimento, deu todas as informações dele, com quem estava, que horas, o local em que estava, deixou seu celular e está à disposição da Justiça para maiores esclarecimentos, buscando colaborar em toda a investigação criminal."

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