Polícia apura se morte de dentista no interior de SP foi feminicídio
Bruna, de 40 anos, foi brutalmente agredida e teve o corpo incendiado em casa, em Araras; um dos suspeitos é o ex-namorado
SBT News
A Polícia Civil de Araras (SP) investiga o assassinato brutal de uma destista de 40 anos. Bruna Angleri, de 40 anos, foi espancada e teve o corpo incendiado pelo assassino. O corpo foi encontrado nesta 4ª feira (27.set) em sua residência.
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O ex-namorado, o cantor João Vittor, foi ouvido pelo delegado Tabajara Zuliane dos Santos. A dentista tinha uma medida protetiva contra ele. O investigado negou o crime e apresentou um álibi para a polícia, que investiga crime de feminicídio.
"Foi um crime muito violento. Algo atípico para uma cidade como Araras", disse o delegado. Segundo a polícia, a vítima tinha uma costela quebrada e diversas deformações no rosto, típicas de agressões violentas, e estava carbonizada. O corpo estava na cama da residência, em um condomínio de luxo, da cidade.
O fogo atingiu apenas a cama onde a vítima foi encontrada. Ela morava com o filho, fruto de um casamento anterior. Com o suspeito, Bruna teria namorado por sete meses e rompido há um mês.
O velório da dentista foi suspenso nesta 5ª feira (28.set), pela polícia, para que o corpo fosse levado ao Instituto Médico Legal (IML), para um exame toxicológico, para averiguar se a morte decorreu do espancamento ou da fumaça inalada do fogo.
Bruna era coordenadora de um curso de pós-graduação na Faculdade de Odontologia da São Leopoldo Mandic, em Araras. Deixa um filho que completa 7 anos, neste sábado (30.set).
A São Leopoldo Mandic, onde a dentista trabalhava, divulgou uma nota de pesar. "Perdemos não apenas uma colega de trabalho, profissional exemplar e competente, como também uma pessoa excepcional e querida por todos que conviviam com ela no ambiente de trabalho. Nossas condolências à família."
Negou
O ex-namorado foi interrogado pelo delegado ainda na 4ª feira. O advogado Wagner Moreaes, que defende João Vittor, afirmou que o cliente se apresentou com ele à delegacia. O investigado teve o celular apreendido. Outras pessoas estão sob investigação. A medida protetiva contra o ex, decorre de um episódio registrado na polícia, em agosto, em que ele invadiu a casa e quebrou objetos.
O advogado divulgou em redes sociais um vídeo em que explica que o cliente é inocente. "Meu cliente, assim que foi intimado, juntamente com ele, comparecemos na polícia. Ele prestou depoimento, deu todas as informações dele, com quem estava, que horas, o local em que estava, deixou seu celular e está à disposição da Justiça para maiores esclarecimentos, buscando colaborar em toda a investigação criminal."
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