GCM de folga saca arma na USP enquanto acompanhava ex-Jovem Pan
Agente estava com Lucas Pavanato, suplente de deputado, que disse ter sofrido agressões no local
SBT News
Um agente da Guarda Civil Metropolitana (GCM) de folga, que acompanhava o suplente de deputado e influenciador de direita, Lucas Pavanato, ameaçou com uma arma estudantes da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH), após confusão dentro do campus da Universidade de São Paulo, no fim da tarde desta 5ª feira (17.ago).
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Segundo boletim de ocorrência, o agente não chegou a disparar, mas dois jovens, de 18 e 25 anos, ficaram feridos em meio ao tumulto. O GCM entrou no local acompanhado do influenciador e de outros GCM's. Segundo informações da Secretaria de Segurança Pública (SSP), a discussão foi mútua entre as partes e ocorreu no momento em que os estudantes tentavam expulsar o grupo.
? VIDEO | GCM de folga saca arma na USP ao acompanhar ex-comentarista da Jovem Pan, Lucas Pavanato
? Aldo Almeida (@AldoAlmeida013) August 18, 2023
No registro de estudantes presentes no local, é possível ver a tentativa de intimidação do guarda aos alunos; ASSISTA pic.twitter.com/8n4x8AKF25
Lucas Pavanato, que também foi comentarista da rede Jovem Pan, disse, em publicação nas suas redes sociais, ter sido agredido pelos estudantes ao tentar gravar um vídeo na portaria da USP e, por isso, precisou sair escoltado do local.
"Hoje fomos gravar um bate-papo de maneira pacífica na porta da USP e tentaram nos agredir de maneira covarde e tivemos que sair com escolta do local", disse Pavanato.
Já o Diretor da FFLCH, Paulo Martins, também em pronunciamento pelas redes da universidade, afirmou que a faculdade "foi, em certa medida, ameaçada na sua integridade".
"Estaremos sempre preparados a tomar atitudes drásticas, principalmente quando, dentro da nossa faculdade, vêm pessoas que estão armadas. Armadas contra professores, contra jovens estudantes, contra funcionários. Não é admissível que devemos tolerar esse tipo de atitude", completou.
A Reitoria da Universidade repudiou o ocorrido e disse que "o ato infame se reveste de uma simbologia que atenta contra o espírito essencial da busca do conhecimento e da sabedoria."
Em resposta à ação, o CAHIS realizou uma assembleia entre os universitários para debater a "ascensão do fascismo na USP", na qual foi aprovada a construção de uma Comitê Antifascista na Universidade. Foram solicitados exames ao Instituto Médico Legal (IML) e o caso foi registrado como lesão corporal e ameaça no 93° Distrito Policial do Jaguaré.