Moradores ficam no meio de fogo cruzado entre traficantes e milicianos
Famílias sofrem com a violência e as regras impostas pelos criminosos
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A disputa por territórios entre milicianos e traficantes aterroriza moradores na zona oeste do Rio de Janeiro. No meio do fogo cruzado, famílias sofrem com a violência e as regras impostas pelos grupos criminosos.
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Os anúncios de venda se multiplicam pelos imóveis da praça seca, na região de Jacarepaguá. Muitos comerciantes fecharam as lojas. Outros tentam se desfazer dos negócios.
O medo dos moradores tem a ver com a disputa por territórios na região. Uma guerra urbana que se arrasta há, pelo menos 20 anos, mas se intensificou nos últimos meses.
Os moradores reclamam que os preços também dispararam. Segundo as denúncias, o amento é resultado das altas taxas que os comerciantes são obrigados a pagar para o poder paralelo. As quadrilhas praticam extorsões sem nenhum impedimento. E os valores servem para financiar os confrontos entre os grupos rivais.
Nesta 4ª feira (7.jun), um homem foi executado na Gardênia Azul, na mesma região. Ele seria um traficante de uma facção criminosa. Já na 3ª feira (6.jun), um veículo blindado da polícia foi incendiado por criminosos da Praça Seca. Segundo a PM, o ataque foi uma represália à morte de um criminoso.
Para o antropólogo e ex-capitão do Batalhão de Operações Especiais, Paulo Storani, é preciso haver uma polícia de segurança para impedir a expansão dos grupos criminosos. "Polícia não vai solucionar o problema da criminalidade, mas ela tem capacidade de conter o avanço. E o ânimo da criminalidade tá muito aumentado", afirma Storani.
A Polícia Civil informou que realiza ações de inteligência e que já prendeu dezenas de envolvidos na disputa, inclusive, líderes dos grupos criminosos.
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