Caso João Pedro: após 3 anos, família ainda aguarda julgamento de policiais
Jovem de 14 anos foi morto a tiros após policiais invadirem a casa dele, durante uma operação
SBT News
"A minha família quer justiça. A sociedade quer justiça, e precisamos de uma resposta da Justiça", afirma Rafaela Coutinho, mãe do jovem.
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João Pedro tinha 14 anos quando foi morto na casa de parentes, em maio de 2020. O local foi invadido por policiais civis durante uma operação no Complexo do Salgueiro, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio de Janeiro. Foram mais de 70 disparos.
Três policiais foram denunciados por homicídio duplamente qualificado e respondem ao processo em liberdade. A próxima audiência do caso vai ser realizada na próxima 4ª feira (24.mai); nela, serão ouvidos seis agentes da Polícia Federal que participaram da operação que resultou na morte de João Pedro.
Só depois, o juiz decidirá se os réus irão a júri popular. "O processo criminal tem os seus ritos e as suas formalidades. Mas, boa parte do atraso decorre do comportamento da defesa, que questiona manifestações do Ministério Público ou decisões do juízo de primeiro grau", explica o defensor público Luís Henrique Zouein.
A Defensoria Pública ingressou com outra ação, para que o Estado faça um pedido formal de desculpas à família da vítima, pague indenização por dano moral e construa um memorial para João Pedro. Apenas uma pensão, de 2/3 do salário mínimo, está sendo paga aos pais do menino.
"Só quem passa por esse processo, que é um processo que você não descansa, que você não vive o seu luto, sabe como é difícil essa espera por Justiça, o quanto nos mata todos os dias", pondera a mãe do rapaz.
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