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PF identifica pagamento em dinheiro vivo de Mauro Cid para Michelle Bolsonaro

Investigadores apuram se recursos públicos foram usados nesses pagamentos

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A Polícia Federal (PF) descobriu mensagens do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, coronel Mauro Cid, orientando o pagamento de despesas da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, em dinheiro vivo. As informações foram reveladas pelo site UOL.

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Os investigadores apuram se recursos públicos foram usados nesses pagamentos. As mensagens foram interceptadas pela Polícia Federal por conta da quebra do sigilo telefônico e telemático do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro,

Um dos diálogos que chamou a atenção da PF ocorreu em setembro de 2021. Uma das assessoras da então primeira-dama envia a Mauro Cid um boleto do plano de saúde do irmão de Michelle Bolsonaro. Segundo a PF, o ex-ajudante de ordens fez o pagamento do boleto usando recursos da conta de Jair Bolsonaro, mas, no final do mesmo mês, a assessora enviou outro boleto de despesas do irmão da ex-primeira dama. 

A reportagem do portal UOL, que revelou as investigações, traz a transcrição do áudio enviado por Mauro Cid à assessora de Michele. O militar diz: "não tem como mandar esse tipo de boleto. (...) Quando for assim, me manda só o pedido do dinheiro e vocês pagam por aí, porque isso aí não é gasto do presidente, nem da dona Michelle! É, deve ser de um terceiro que ela está pagando aí a conta desse terceiro ai!".

Documentos da Polícia Federal apontam que "apesar da despesa não ter relação com o presidente da República nem com a primeira-dama, Mauro Cid autoriza que um servidor da Presidência encaminhe a quantia de R$ 590 do cofre da ajudância de ordens, para pagamento do plano de saúde. O beneficiário: o irmão de Michelle Bolsonaro".

Outras mensagens interceptadas pela Polícia Federal, e reveladas pelo portal UOL, mostram Mauro Cid repassando orientação do então presidente Jair Bolsonaro a membros de um grupo de Whatsapp, da ajudância de ordens, para que o pagamento de um boleto sobre gastos com saúde de uma tia de Michelle fossem feitos em dinheiro vivo. O objetivo era evitar supostas interpretações equivocadas. A PF não conseguiu identificar se os recursos para pagamento do boleto saíram da conta pessoal de Jair Bolsonaro ou de recursos públicos da ajudância de ordens.

O ex-chefe de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, negou irregularidades nos gastos: "100% do custo de vida da família do presidente Jair Bolsonaro saiu da conta do presidente. O cartão corporativo do presidente da República jamais foi utilizado para pagamento de qualquer custo, de qualquer conta. A defesa informa ainda que contratará um perito contábil criminal para evidenciar que não nenhum desajuste entre entradas e saídas de recursos".

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