Família de Marielle Franco terá acesso às provas do inquérito
Mesmo com a liberação dos documentos para os parentes, o sigilo da investigação será mantido
SBT News
As famílias de Marielle Franco e a de Anderson Gomes, assassinados há cinco anos, terão acesso às provas do inquérito, que tenta descobrir o mandante do crime.
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A medida foi autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça, de forma unânime. Mesmo com a liberação dos documentos para os parentes, o sigilo da investigação será mantido.
Foi uma vitória comemorada nas redes sociais. "Acho que é importante, a família precisava ter esse alento. É importante estar aqui juntos e continuar com essa luta", afirmou Marinete Silva, mãe de Marielle Franco.
O relator, o ministro Rogério Schietti Cruz, destacou que por decisões da Corte Interamericana de Direitos Humanos e recomendações do Comitê dos Direitos Humanos da Nações Unidas, os estados devem relevar aos parentes mais próximos detalhes pertinentes sobre a investigação.
A vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes foram assassinados em 14 de março de 2018. O PM reformado, Ronnie Lessa, e o ex-PM Élcio Queiroz estão presos pelo crime, mas o julgamento dos dois ainda não tem data A investigação sobre o mandante segue em andamento.
A Justiça não autorizou o acesso a todas as peças do inquérito policial. A família teve permissão para analisar apenas as provas sigilosas já documentadas, mas não poderá analisar materiais referentes às diligências que ainda estão em curso.
"Estamos como assistentes de acusação, o que quer dizer que nossos advogados e advogadas precisam ter acesso ao processo da investigação, o que não fere sequer o direito ao sigilo, porque entendemos que em determinadas partes é necessário que se mantenha o sigilo", diz Mônica Benício, viúva de Marielle.
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