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"Legalmente inválida", dizem EUA sobre suspensão russa de tratado nuclear

Governo afirmou que Moscou deve continuar cumprindo obrigações já estabelecidas

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Acordo foi suspenso pela Rússia em fevereiro deste ano, após afirmar que o Ocidente, em especial os Estados Unidos, está participando ativamente da guerra na Ucrânia | Reprodução/Wikimidia Commons
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O Departamento de Estado dos Estados Unidos afirmou, na 4ª feira (15.mar), que a suspensão russa do acordo de controle de armas nucleares (New Start) é legalmente inválida. Segundo a entidade, a resposta de Moscou contra a atuação norte-americana na guerra na Ucrânia não isenta o país de cumprir com as obrigações estabelecidas.

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Com isso, o governo russo continua tendo que permitir inspeções de armas nucleares e a notificar Washington dos movimentos dos equipamentos. As atividades estão acordadas no tratado, garantindo que nenhum dos países violem o acordo, que limita a instalação de ogivas nucleares e define a produção máxima de mísseis de longo alcance (700). 

O mesmo é válido para os Estados Unidos, que podem receber inspetores russos mesmo em meio às tensões da guerra na Ucrânia. No comunicado, o Departamento informou que os profissionais têm os vistos necessários e aviões designados para as atividades. Os recentes pacotes de sanções contra Moscou também não impedem as inspeções.

"O descumprimento da Rússia e a suposta suspensão do Novo Tratado Start não impedirão os Estados Unidos de continuarem a apoiar totalmente a Ucrânia. Essa realidade é irrelevante para a utilidade do tratado e para a capacidade da Rússia de continuar a participar dele. A estabilidade nuclear é especialmente importante em tempos de crise, e os Estados Unidos continuarão trabalhando para mantê-la", disse o departamento.

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O acordo foi suspenso pelo presidente russo, Vladimir Putin, em fevereiro deste ano, após afirmar que o Ocidente, em especial os Estados Unidos, está participando ativamente do confronto na Ucrânia, sobretudo com o envio de pacotes militares. A decisão aumenta a tensão internacional, uma vez que Moscou vem fazendo uma série de ameaças nucleares.

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