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Imagens revelam maus-tratos contra idosos dentro asilo em Lages (SC)

Denúncia foi encaminhada ao Ministério Público, que determinou abertura de investigação sobre o caso

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câmera de segurança
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Imagens obtidas com exclusividade pelo SBT mostram flagrantes de maus-tratos contra idosos, dentro de um asilo de Lages, em Santa Catarina.

Vídeos do circuito de segurança do local, gravados no dia 18 de janeiro, mostram um funcionário segurando um idoso com violência e o arrastando pelo corredor. Outro funcionário vê a cena, mas não reage.

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Menos de 10 dias depois, em 26 de janeiro, novas imagens registram um funcionário empurrando e segurando, pelos braços, um idoso, no corredor do asilo.

Há também um registro de um idoso encontrado em um quarto, em precárias condições de higiene. "Não é de agora isso aqui. Não tem 30 minutos que peguei o plantão", afirma um funcionário, na gravação.

Os registros de maus-tratos dos idosos foram feitos no asilo "Lar Menino Deus", em Lages. A entidade filantrópica existe há 30 anos e se mantém por meio de doações. Atualmente, o local abriga 60 idosos.

"Ali foram colocados funcionários nem tão qualificados. Dentre eles, mostra no vídeo, um deles agredindo um idoso, e os outros presenciando a agressão. Até onde a gente sabe, esse funcionário foi demitido. Porém, os outros que presenciaram a agressão continuam trabalhando e ainda foram promovidos", relata um funcionário, que prefere não se identificar. 

Um outro trabalhador, que também prefere ter a identidade preservada, denuncia condições precárias de trabalho. Faltam equipamentos de proteção individual e há acúmulo de funções.

"Antes, no asilo, a gente tinha equipe completa. Cada um tinha sua função. O funcionário que era da limpeza limpava o chão, e a gente ficava só no cuidado dos idosos. Agora, não. Agora o cuidador tem que limpar o chão, tem que limpar banheiro e cuidar do idoso", diz o profissional. 

As agressões e condições do local foram denunciadas ao Ministério Público de Santa Catarina, e o caso está sendo investigado pela Promotoria de Justiça.

Em nota, a direção do asilo informou que foi criada uma sindicância interna para apuração dos fatos, e que afastou a coordenadora e demitiu os empregados que aparecem nas cenas de agressão.

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