PF faz operação para combater garimpo ilegal em fazenda no Pará
Reparação dos danos ambientais causados pela atividade garimpeira deve custar R$ 20 bilhões
Nara Bandeira
A Polícia Federal (PF) realizou uma operação para combater o garimpo ilegal em uma fazenda, no sudeste do Pará. O governador paraense e presidente do Consórcio da Amazônia Legal, Helder Barbalho (MDB), decretou estado de emergência ambiental em 15 municípios paraenses por 180 dias, para, em suas palavras, "ampliar e reforçar o número do efetivo que estará em campo fiscalizando".
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Espingardas, ouro e maquinário usado no garimpo foram apreendidos durante a operação de combate à mineração ilegal e outros crimes ambientais na fazenda em Marabá. Pela propriedade passa a maior linha de transmissão do mundo, a Xingu-Rio, que leva energia da hidrelétrica de Belo Monte ao sudeste do país.
As investigações começaram a partir de denúncias de moradores da região e da empresa responsável pelas torres de energia. A extração de ouro já se aproximava do "linhão". O dono da fazenda, que não teve o nome revelado, foi preso preventivamente porque teria tentado esconder evidências dos crimes ambientais. A PF informou que o pecuarista não tem permissão da Agência Nacional de Mineração (ANM) para extração de ouro nem licenças ambientais, e conta com intermediários para a venda ilegal do minério.
De acordo com as investigações, a reparação dos danos ambientais causados deve custar R$ 20 bilhões. "Foi dado cumprimento também às buscas em nove endereços, bem como sequestro de valores determinados pela Justiça Federal de Marabá na ordem de R$ 160 milhões e a cláusula de inalienabilidade da fazenda avaliada preliminarmente em R$ 200 milhões", disse o delegado Ezequias Martins, da PF.
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