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Polícia prende 9 suspeitos de aplicar golpe do falso 0800

Criminosos de São Paulo tinham como vítimas pessoas do Rio Grande do Sul

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Nove pessoas foram presas nesta 4ª feira (30.nov), em São Paulo, suspeitas de aplicar golpes financeiros em vítimas do Rio Grande do Sul. A quadrilha usava até contas bancárias de moradores de rua para movimentar os valores desviados.

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A operação conjunta das polícias do Rio Grande do Sul e de São Paulo prendeu os acusados de aplicar golpes com um falso 0800. Eles tinham duas formas de agir, segundo a polícia.

Na primeira, passavam SMS às vítimas informando sobre uma suposta movimentação bancária. Se não reconhecessem, deveriam ligar para um número 0800 indicado na mensagem. Quem atendia se identificava como funcionário do banco onde a pessoa tem conta, orientava a instalação de um aplicativo de proteção, mas que na verdade dava acesso ao saldo.

No segundo método, a quadrilha orientava a vítima a ir a um caixa eletrônico e cadastrar uma nova senha, que o golpista usava depois para sacar ou transferir dinheiro.

De acordo com a delegada Luciane Bertoletti, pode haver conivência de funcionários de bancos: "não é uma coincidência que todas as vítimas tinham valores importantes nas suas contas. Uma tinha vendido um imóvel, a outra tinha recebido uma herança".

Entre as vítimas, no Rio Grande do Sul, há uma idosa de 80 anos. Em cinco casos, a quadrilha desviou quase R$ 1 milhão, mas as contas usadas pela organização mostram uma movimentação de R$ 4 milhões, indicando que mais gente caiu no golpe.

Foram apreendidos um carro de luxo, um jet-ski, e cartões das contas que eles usavam para receber o dinheiro.

"Nós temos aqueles que receberam os valores, que sabiam que eram valores oriundos de golpe, aqueles que emprestavam as contas, e nós temos aqueles que praticavam realmente o golpe, ligavam e faziam o atendimento dessas vítimas. Quatro contas bancárias eram de indivíduos moradores de rua", afirma a delegada

Advogados que defendem os detidos não quiseram gravar entrevista. Entre os acusados ainda foragidos está uma mulher, de menos de 30 anos, que seria uma das líderes do bando. A polícia está convicta da participação dela nos crimes depois de cruzar ligações telefônicas.

O mesmo número ela usava para aplicar golpes e para questões particulares, inclusive para falar com o ex-marido sobre o filho deles. Ele prestou depoimento e afirmou que não sabia do envolvimento dela com os golpes.

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