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Rússia diz ter concluído retirada de tropas da cidade de Kherson

Comunidade internacional interpreta saída de militares como uma derrota para Vladimir Putin

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guerra na ucrânia
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Nas ruas de Kherson, buzinaço e celebração, enquanto militares ucranianos eram recebidos com festa pelos moradores, e a bandeira do país era colocada em monumentos e prédios públicos.

A cidade ucraniana, às margens do Rio Dnipro, estava tomada pelos russos desde o começo da invasão, em fevereiro. A região, que foi anexada ilegalmente por Moscou, é considerada estratégica, já que liga o Donbass à Crimeia - províncias ucranianas que também foram tomadas.

Durante a madrugada desta 6ª feira (11.nov), pelo horário de Brasília, a Rússia anunciou concluiu a retirada de todas as tropas. Segundo o Kremlin, ao todo, 30 mil soldados deixaram a região.

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Para os aliados da Ucrânia, a decisão dos russos é encarada como uma derrota Vladimir Putin. O Kremlin nega. No mesmo dia, o porta-voz do governo russo disse que o país não se arrepende de ter comemorado a conquista de Kherson.

Dmitry Peskov ainda afirmou que, apesar da retirada das tropas, Kherson continua fazendo parte da Federação Russa, algo que não é reconhecido pela maior parte da comunidade internacional.

Em Kiev, o presidente ucraniano agradeceu à população que, mesmo com a ocupação russa, resistiu. Volodymyr Zelensky confirmou que tropas do país já estão na cidade para proteger o local contra uma possível nova tentativa de invasão.

Para o governo dos Estados Unidos, a retirada das tropas russas mostra o enfraquecimento da Rússia no conflito. Nos EUA, já há uma pressão para que sejam retomadas as negociações de paz entre Kiev e Moscou.

Mesmo assim, os norte-americanos confirmaram o envio de mais 400 milhões de dólares em equipamentos militares para a Ucrânia. O principal apoio será para a defesa aérea.

Ainda nesta 6ª feira, houve uma nova troca de prisioneiros entre Rússia e Ucrânia. Um acordo longe de exemplificar qualquer negociação para um cessar-fogo.

Isolado, Vladimir Putin já confirmou que não vai ao G20, evento que reúne as maiores economias do mundo e que acontecerá, na semana que vem, na Indonésia.
 

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