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Jornalismo

Proibição de celular na cabine pode gerar problemas para pessoas com deficiência

Justiça eleitoral esclarece sobre acessibilidade no dia do voto

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eleitor com deficiência visual fala ao microfone
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O dia das eleições está próximo, mas Rodrigo Pacheco ainda não sabe se vai conseguir votar. Morador de Porto Alegre, ele ficou surpreso e preocupado com a informação, divulgada no início de setembro, da proibição do porte de celulares na cabine de votação.

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Sem poder enxergar desde que sofreu um assalto há 12 anos, o ambulante de 43 anos ficou anos sem comparecer às urnas, mas em 2020 exerceu seu papel de cidadão com a ajuda de um aparelho de celular.

"São muitos números, então levava anotado no aparelho a lista dos candidatos que havia escolhido e depois ouvia essa cola enquanto votava. Fazia isso para não errar nada, mas agora não sei como vou fazer já que são muitos números!", explica o eleitor.

De acordo com a Justiça Eleitoral, desde 1996, a urna eletrônica tem números em braille e narra os números digitados. Na eleição de 2020, passou a contar com a reprodução de áudio com o nome do candidato.

Ambulante de 43 anos diz leva uma cola para fazer seu voto | Reprodução/SBT

Em 2022, a urna ganhou novos recursos de acessibilidade e terá também um intérprete de Libras na tela para ajudar os deficientes auditivos.

Além disso, ela fala o nome dos candidatos, vices e suplentes antes de confirmar a escola, como recurso aos deficientes visuais. Fones de ouvido descartáveis estarão à disposição dos eleitores que necessitarem.

"O eleitor pode levar sua cola em braille, caso isso não seja possível ele poderá contar com o auxílio de uma pessoa de confiança. Importante destacar que essa pessoa também não pode levar celular para a cabine e que os mesários não podem desempenhar essa função", esclarece a coordenadora do núcleo socioambiental e de acessibilidade do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-RS), Magda Stoll Andrade. 

A Justiça Eleitoral garante que mesários e presidentes de mesa estão instruídos a permitir a presença de um acompanhante que pode até mesmo digitar os números na urna.

A condição é que a presença dessa pessoa seja imprescindível para que a votação ocorra e que o escolhido não esteja a serviço da Justiça Eleitoral, de partido político ou de alguma coligação. O Brasil tem 186.647 eleitores com deficiência visual aptos a votar em 2022.


SBT News De Fato

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>> Mônica Rossi é jornalista no SBT News e SBT RS
>> Fotos por TSE e SBT RS

 

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