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Jornalismo

Aliados de Putin expressam preocupação com mobilização parcial na Rússia

Denúncias de alistamentos irregulares e aumento das detenções estão entre as apreensões dos políticos

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Declarações acontecem um dia após Putin endurecer a punição para soldados que se recusarem a lutar | Wikimedia Commons
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Aliados do presidente russo, Vladimir Putin, expressaram preocupação com os "excessos" envolvendo a mobilização parcial militar no país. Em mensagem divulgada neste domingo (25.set), dois dos principais parlamentares na Rússia exigiram que autoridades regionais controlassem a situação e corrigissem os erros que estão revoltando a população.

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"As reclamações estão sendo recebidas. Se um erro for cometido, é necessário corrigi-lo. As autoridades em todos os níveis devem entender suas responsabilidades", disse Vyacheslav Volodin, presidente da Duma Estatal, em mensagem direta aos governadores. 

A frase foi completada por Valentina Matvienko, presidente do Conselho da Federação, que alegou estar recebendo denúncias de que homens que deveriam ser inelegíveis para o alistamento estão sendo convocados. "Tais excessos são absolutamente inaceitáveis. E considero absolutamente certo que estejam provocando uma forte reação na sociedade."

Tais declarações acontecem um dia após Putin endurecer a punição para soldados que se recusarem a lutar, desertarem ou se renderem ao inimigo, com 10 anos de prisão. O decreto foi anunciado em meio à uma onda de protestos contra a mobilização, que, segundo a plataforma OVD-Info, deixou 826 detidos apenas no sábado (24.set).

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Na prisão, os detentos também alegam estar sendo intimados a se alistarem no exército. Isso porque o Estado precisa de 300 mil novos soldados, entre reservistas e civis com experiência militar prévia. Informações sobre o número e os critérios de seleção dos mobilizados, no entanto, continuam ocultas, bem como onde e quando terminará o processo. 

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