Em reunião com embaixadores, Bolsonaro critica sistema eleitoral
Equipe do SBT News apresenta os temas que serão discutidos ao longo do dia
SBT News
Agenda do Poder: O presidente Jair Bolsonaro promoveu na 2ª feira (18.jul) um encontro com embaixadores estrangeiros no Palácio do Planalto. Na reunião, Bolsonaro voltou a atacar o sistema eleitoral com declarações que já foram desmentidas pela justiça eleitoral. Bolsonaro iniciou a apresentação mostrando um inquérito da Polícia Federal sobre um ataque hacker ao sistema do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2018. Segundo o presidente, o hacker teria ficado "oito meses dentro do sistema do TSE".
O documento é o mesmo apresentado pelo chefe do Executivo em live feita em julho do ano passado e as informações já foram desmentidas pela Justiça Eleitoral. A checagem do TSE, inclusive, cita o servidor mencionado nominalmente por Bolsonaro, Giuseppe Janino, e afirma que, "embora o invasor tenha conseguido acessar sistemas internos da Corte, isso não foi suficiente para alterar o resultado das Eleições Gerais de 2018, pois as urnas não são ligadas à internet. Além disso, a rede de transmissão dos dados para totalização no TSE é exclusiva e segura, à prova de invasões", reforça a Corte.
O TSE divulgou uma lista de checagens feitas pela própria Corte ou por agências especializadas que rebatem afirmações feitas por Bolsonaro. Entre os 20 temas rebatidos pelo TSE estão a afirmação de que apenas dois países utilizam sistema eleitoral semelhante ao brasileiro e a de que um hacker teve acesso a todo o sistema da Justiça Eleitoral após a invasão nas eleições de 2018. O Tribunal também negou que Fachin -- hoje presidente da Corte -- tenha sido o responsável por tornar Lula elegível.
E ainda: o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a criação de uma comissão especial para tentar uma conciliação entre a União e os estados sobre a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre os combustíveis.
No mês passado, foi aprovada a lei que limita a cobrança do ICMS sobre os combustíveis e outros itens essenciais como a energia elétrica. O presidente Jair Bolsonaro, porém, vetou uma compensação aos estados que perderem arrecadação.
De acordo com os entes federativos, a medida vai provocar a redução nas verbas para saúde e educação, enquanto o governo federal alega aumento na arrecadação dos estados nos últimos anos e pede monitoramento do impacto nos próximos meses.