Ucrânia interrompe negociações com a Rússia por cessar-fogo
Informação foi confirmada por Kiev e lamentada por diplomata russo
SBT News
As negociações sobre um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia estão paralisadas. A "pausa" na conversa entre os dois países foi confirmada nesta 3ª feira (17.mai) pelo governo de Kiev. A decisão foi criticada por integrante do governo russo.
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Ao anunciar a decisão, o conselheiro da presidência da Ucrânia, Mikhail Podolyak, reclamou da postura adotada pelo Kremlin. Em entrevista ao jornal local Ukrainskaya Pravda, ele afirmou que os oponentes do país vizinho não entendem "os processos que estão acontecendo no mundo neste momento". "O objetivo estratégico dos russos é tudo ou nada", opinou Podolyak.
Desde que invadiu territórios ucranianos, em 24 de fevereiro, a Rússia tem sido alvo de sanções comerciais e diplomáticas, além de ver países se movimentarem em prol de determinadas alianças. Nesta semana, por exemplo, a Ucrânia reforçou o interesse em aderir à União Europeia. Também vizinhos terrestres da Rússia, Finlândia e Suécia querem fazer parte da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).
Não há previsão de retomada das negociações do governo ucraniano com a Rússia. O negociador russo e parlamentar Leonid Slutsky disse em seu canal Telegram que "as negociações russo-ucranianas, iniciadas por Kiev, estagnaram e atualmente não estão sendo conduzidas em nenhum formato. Tenho certeza de que os curadores do [presidente Zelensky] de Washington (EUA) contribuíram seriamente para um impasse nas negociações, que começaram a pedido da Ucrânia em 28 de fevereiro e não estão sendo conduzidas em nenhum formato agora", escreveu ele.
Rússia lamenta decisão da Ucrânia
Em tom de lamentação, o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Andrey Rudenko, confirmou que, no momento, não há nenhuma negociação em andamento com a Ucrânia. "As negociações não continuam. A Ucrânia, de fato, desistiu do processo de negociações", declarou o diplomata russo. "O lado ucraniano não demonstrou interesse em um diálogo construtivo", continuou, conforme informa a agência de notícias Tass.
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