Publicidade
Jornalismo

Anistia Internacional confirma crimes de guerra da Rússia na Ucrânia

Organização citou bombardeamentos em áreas residenciais e execuções de civis

Imagem da noticia Anistia Internacional confirma crimes de guerra da Rússia na Ucrânia
Amnistia Internacional defende que militares russos, incluindo a cadeia de comando, sejam julgados | Divulgação/Governo da Ucrânia
• Atualizado em
Publicidade

A Anistia Internacional divulgou, nesta 6ª feira (6.mai), um relatório que indica que as tropas militares russas cometeram crimes de guerra na Ucrânia durante os combates. No documento, a organização reporta os testemunhos de dezenas de pessoas e provas de bombardeamentos ilegais sobre civis em Borodyanka, além de execuções em várias cidades, como os relatados em Bucha.

+ Leia as últimas notícias no portal SBT News

"Sabemos que os crimes cometidos contra pessoas que vivem nos arredores de Kiev, que hoje relatamos, não são meramente anedóticos, incidentais ou colaterais. Sabemos que fazem parte de um padrão que tem caracterizado a condução de hostilidades da Rússia desde o início. Um padrão repetido, em grande escala e devastador em termos de impacto", refere a secretária-geral da Amnistia Internacional, Agnès Callamard.

Ela informa ainda que membros da Amnistia Internacional mantiveram contato com as famílias cujos parentes foram assassinados em ataques russos. Em Borodyanka, por exemplo, foi descoberto que pelo menos 40 civis foram mortos em ataques desproporcionais e indiscriminados, que destruíram as infraestruturas da zona e provocaram milhares de deslocados.

Já em Bucha, o documento apontou para 22 casos de assassinatos cometidos pelas forças invasoras da Rússia, sendo que a maior parte foram "execuções extrajudiciais". Entre os moradores de Novyi Korohod, é referido o caso de um operário da construção civil de 46 anos que foi encontrado morto com as mãos atadas atrás das costas e ferimentos na cabeça.

No documento, a Anistia Internacional defende que os militares russos, incluindo a cadeia de comando, sejam julgados pelos crimes de guerra cometidos na Ucrânia.

+ Rússia afirma que não utilizará armas nucleares contra a Ucrânia

"De acordo com a doutrina militar, elementos das hierarquias superiores, incluindo comandantes militares e líderes civis, como ministros ou chefes de Estado que, conhecendo os crimes de guerra cometidos pelas Forças Armadas, nada fizeram para parar as ações ou que não puniram os envolvidos são responsáveis pelos crimes", refere o documento da AI.

Leia também

+ Retirada de civis de Mariupol continua nesta 6ª feira, diz Ucrânia

+ Conselheiro de Zelensky critica fala de Lula à Time sobre guerra

+ Presidente de Belarus diz que guerra na Ucrânia está "se arrastando demais"

Publicidade

Últimas Notícias

Publicidade