Encontro de Putin e Zelenksy deve depender de próximas negociações
Governo russo espera adesão das exigências estabelecidas para promover a reunião
Um encontro entre o presidente russo, Vladimir Putin, e o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, deve depender das próximas negociações entre as delegações dos países sobre um possível cessar-fogo. Com pouco mais de quatro semanas de conflito militar, os representantes dos governos devem se reunir durante os próximos três dias para discutir as exigências estabelecidas de ambos os lados.
+ Leia as últimas notícias no portal SBT News
Durante pronunciamento nesta 2ª feira (28.mar), o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Serguei Lavrov, afirmou que Putin "disse que nunca rejeitaria um encontro com o presidente Zelensky, mas é necessário que este encontro seja bem preparado, uma vez que o conflito na Ucrânia se agravou durante anos e muitos problemas foram acumulados".
Segundo o diplomata, o governo russo continua fiel às exigências apresentadas no início da invasão militar, como a proteção da população da região pró-rússia de Donbass, a "desnazificação" do país e o não ingresso à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), fazendo com que a Ucrânia permaneça um território neutro. Todos os pedidos devem ser discutidos em Istambul, na Turquia.
"Somos obrigados a garantir que a Ucrânia deixe de ser objeto de experimentos do Ocidente e da Otan no plano militar e que não represente uma ameaça militar e física para a Rússia", afirmou Lavrov.
+ Número de refugiados da Ucrânia na Europa sobe para 3,8 milhões
Apesar de Zelensky ter afirmado, na noite de ontem, a possibilidade de adotar o status neutro no país, o conselheiro do ministro do Interior ucraniano, Vadim Denisenko, disse que não espera maiores avanços nas negociações de paz. Por sua vez, o presidente francês, Emmanuel Macron, continua na mediação das conversas e anunciou que conversaria com Putin para organizar uma operação de retirada dos civis.
Leia também
+ Falas de Biden sobre Putin causam reações negativas entre aliados europeus
+ Papa volta a falar sobre guerra na Ucrânia: "uma derrota para todos"
