Ex-policial militar é preso suspeito de extorquir de caminhoneiros
Quadrilha simulava fiscalizações para tirar dinheiro dos motoristas
SBT Brasil
Um ex-policial militar foi preso no Rio de Janeiro suspeito de integrar uma quadrilha que extorquia dinheiro de caminhoneiros e donos de postos de combustível em falsas fiscalizações.
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Imagens do circuito de segurança de um posto de combustíveis, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, mostram a ação, e foram fundamentais para entender como a organização criminosa agia na região.
Os integrantes usavam um veículo veículo branco, com placas clonadas, e vestiam uniformes da Polícia Civil para exigir dinheiro de donos de postos de combustíveis e de caminhoneiros. Segundo as investigações, o pretexto era livrar as vítimas de possíveis punições durante fiscalizações falsas.
Depois de ser alvo dos criminosos, o dono de um caminhão de transporte de combustíveis denunciou o esquema. Segundo a vítima, um dos tanques do véiculo foi aberto para provocar um vazamento.
Em seguida, os bandidos entraram na cabine do motorista. A arma legalizada do caminhoneiro, os documentos, a chave do veículo e a nota fiscal da carga foram tomados pelos falsos policiais. Para que tudo fosse devolvido, eles cobraram R$ 5 mil da vítima.
Leonardo da silva Aranha Rody foi preso em flagrante. O restaurante onde ele estava foi o local combinado com o caminhoneiro para a entrega do dinheiro. Leonardo é policial militar no batalhão de Duque de Caxias.
Outro integrante da organização criminosa é Marcelo Tinoco de Carvalho. Segundo a polícia, é ele quem está ao volante do carro clonado. Marcelo é ex-policial civil. Em 2016, ele foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro pelos crimes de roubo e extorsão, foi expulso da corporação, preso em 2019, e cumpre pena no regime semiaberto.
Outros dois suspeitos também aparecem nas imagens, mas ainda não foram identificados pela polícia. Eles podem ser vistos entrando no veículo com placas clonadas e extorquindo o frentista do posto. As investigações continuam.