Caderno de miliciano que detalha armas e lucros é apreendido no RJ

O caderno do miliciano Danilo Dias Lima, conhecido como "Tandera", foi apreendido pela polícia durante uma operação contra o grupo de criminosos que atuam na Baixada Fluminense do Rio de Janeiro. 

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As anotações revelam a quantidade de armas em poder do grupo paramilitar, além do registro dos lucros da bandidagem e nomes de pessoas envolvidas com a milícia. Nos escritos, há o pagamento de propinas para policiais que deveriam combater o crime. O caderno foi encontrado em uma residência luxuosa em Santa Cruz, zona oeste do Rio. 

Foram anotados um arsenal de mais de cem armas e granadas. Tandera também anotou o lucro de R$ 82 mil com a venda de gás, R$ 40 mil com internet, R$ 72 mil de água e até cestas básicas, no valor de R$ 32 mil. Outros R$ 320 mil foram lucrados com obras em áreas invadidas. A sigla "GAT" também foi encontrada no caderno e pode fazer referência ao Grupamento de Ações Táticas, da Polícia Militar. De acordo com as investigações, o grupo faz a segurança de Tandera. 

A força-tarefa da operação atuou em vários pontos do Brasil e teve 400 policiais civis envolvidos. A ação teve como objetivo cumprir 533 mandados de prisão e 44 de busca e apreensão. Entre os crimes, roubo, tráfico e envolvimento com a milícia. Mais de 900 prisões foram efetuadas, somadas as operações, segundo os agentes. 

Em Duque de Caxias, três homens e uma mulher, que é companheira de um dos detidos, foram presos. Um deles confessou que faz parte da millícia. 

A região é controlada pelo miliciano Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como "Zinho", que assumiu o controle do local após a morte do irmão Wellington da Silva Braga, o "Ecko", morto em junho durante confronto com a polícia. 

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