Pfizer ressalta que ainda não há relação entre vacina e morte de jovem
Farmacêutica disse que acompanha o caso; ministério pediu suspensão de vacinação de adolescentes
A Pfizer divulgou um comunicado nesta 5ª feira (16.set) em que afirma estar ciente de possíveis eventos adversos da vacina contra a covid-19 desenvolvida pela farmacêutica, mas ressalta ainda não ser possível estabelecer uma relação entre a morte de um jovem e o imunizante.
"A Pfizer está ciente de relatos raros de miocardite e pericardite, além de outros possíveis eventos adversos, após a aplicação de vacina de RNA mensageiro contra a covid19, e leva o acompanhamento e monitoramento destes casos muito a sério. Especificamente sobre o caso de óbito em São Bernardo do Campo, a companhia está acompanhando, mas, até o momento, não foi estabelecida uma relação causal entre o ocorrido e o imunizante da Pfizer", afirma a empresa.
A declaração vem em meio a uma indefinição sobre a vacinação de adolescentes no país. Na noite de 4ª feira (15.set), o Ministério da Saúde divulgou uma nota técnica determinando a suspensão da imunização de jovens. Nesta 5ª, o ministro Marcelo Queiroga chegou a pedir que quem recebeu a primeira dose não volte para a segunda. Alguns governadores, como o de São Paulo, João Doria (PSDB), criticaram a orientação e anunciaram que vão manter a vacinação de adolescentes.
No comunicado, a Pfizer ainda lembra que a vacina recebeu aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para aplicação em jovens de 12 a 15 anos no Brasil, bem como já havia sido autorizada para uso em adolescentes por agências regulatórias internacionais, como as da União Europeia e dos Estados Unidos.
A farmacêutica destaca, ainda, que "a vacina demonstrou eficácia de 100% em estudo clínico com jovens dessa faixa etária" e que "com centenas de milhões de doses da vacina Pfizer BioNTech Covid-19 administradas globalmente, o benefício da vacina ComiRNAty permanece estabelecido".
Confira a íntegra da nota:
"Comunicado
A Pfizer está ciente de relatos raros de miocardite e pericardite, além de outros possíveis eventos adversos, após a aplicação de vacina de RNA mensageiro contra a COVID-19, e leva o acompanhamento e monitoramento destes casos muito a sério.
Especificamente sobre o caso de óbito em São Bernardo do Campo, a companhia está acompanhando, mas, até o momento, não foi estabelecida uma relação causal entre o ocorrido e o imunizante da Pfizer.
A ComiRNAty, vacina da Pfizer/BioNTech contra a COVID-19, recebeu em 11 de junho de 2021 a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) para uso em adolescentes de 12 a 15 anos no Brasil.
A autorização regulatória da vacina para adolescentes já havia sido concedida pelo FDA e pela EMA (agências regulatórias de saúde dos EUA e União Europeia), além de países como Reino Unido, Canadá, Chile, Uruguai, Israel, Dubai, Hong Kong, Filipinas, Cingapura e Japão.
A vacina demonstrou eficácia de 100% em estudo clínico com jovens dessa faixa etária. Os ensaios de fase 3 foram realizados em 2.260 adolescentes, nos Estados Unidos, e apresentaram respostas robustas na produção de anticorpos com perfil de segurança favorável, muito semelhante ao observado nos outros grupos etários.
Com centenas de milhões de doses da vacina Pfizer BioNTech COVID-19 administradas globalmente, o benefício da vacina ComiRNAty permanece estabelecido.
A definição da utilização e da disponibilização da vacina no Brasil é feita com base em critérios de recomendação do Programa Nacional de Imunizações (PNI).
Setembro de 2021
Pfizer Brasil"