SBT 40 ANOS: Das pegadinhas ao "Domingo Legal", a trajetória de Portiolli
Apresentador contou como começou na emissora e os desafios de ter um programa de auditório em plena pandemia
SBT News
O SBT completa 40 anos na próxima quinta-feira (19.ago). Durante esta semana, vamos rever a história da emissora nessas quatro décadas: os humorísticos, os realities, a cobertura dos fatos jornalísticos, o esporte, as novelas e os programas para as crianças.
O destaque de hoje são os "game shows", como o "Passa ou Repassa", apresentado por Celso Portiolli, que há mais de 25 anos trabalha na emissora. Em entrevista para o SBT, o apresentador revelou como começou sua trajetória na televisão e como fez para adaptar a atração aos tempos de pandemia.
Confira a entrevista completa abaixo:
SBT News: Como o SBT entrou na sua vida?
Celso Portiolli: O SBT fez parte da minha infância, né? Eu me lembro da minha família assistindo o Silvio Santos, eu era criança, e o incrível é que eu mudei para uma cidade que não tinha SBT, e quem batalhou para levar o SBT para lá fui eu. Lembro que eu ganhei uma antena parabólica num consórcio e quando eu coloquei a antena parabólica, eu vi o Lombardi pedindo ideias para câmera escondida, e ali eu tive a ideia, eu já tinha quase 10 anos como locutor e mandei uma fita para SBT. Acabei não conseguindo levar o SBT para minha cidade, mas o SBT me levou para dentro da emissora. Então, quando entrei no SBT, em 1994, eu entrei na produção, e me apaixonei pela televisão. Foi ali que eu fiz uma grande universidade de televisão, dentro da produção do "Topa Tudo por Dinheiro".
SBT News: Qual foi seu primeiro trabalho de fato na emissora?
Celso Portiolli: Cheguei em 1994 para ser redator freelancer, então eu ficava duas semanas no SBT, e voltava de ônibus para Ponta Porã, que é a cidade que eu morava. A cada 15 dias era 1200 km para ir e 1200 km para voltar. Eu ainda não era contratado, eu era freelancer redator, escrevia pegadinhas das câmeras escondidas, aí eu fui crescendo na produção, até começar a dirigir a câmera escondida, até que pintou a oportunidade de fazer um programa no SBT. Foi um aprendizado muito grande.
SBT News: Como ganhou seu primeiro programa?
Celso Portiolli: Eu entrei porque eu mandei uma fita VHS. Há 25 anos, eu coloquei uma câmera grande em cima de alguns livros, no estúdio de rádio que eu tinha, e comecei a falar das minhas ideias, e o Silvio recebeu uma fita e acabou sabendo da minha intenção, porque nela eu dizia que um dia eu queria ser apresentador de televisão, e por coincidência ou não, eu dizia que queria fazer um programa tipo "Passa ou Repassa", uma gincana, e acabou acontecendo que um dia a Angélica foi para a Globo e o Sílvio me deu oportunidade de gravar um piloto. Esse piloto foi aprovado, foi para o ar, e a partir daí não parou mais. O "Passa ou Repassa" foi um sucesso logo na primeira semana, e por incrível que pareça, até hoje eu faço, e é um fenômeno de audiência. Se tinha um programa para comecar era esse, porque é um programa que a família brasileira adora.
SBT News:O que representa o SBT?
Celso Portiolli: O SBT é a TV da família brasileira, a gente sente através das redes sociais, nas ruas com contato com público. Há quantos anos o Silvio Santos vem fazendo programas para a família brasileira? É muito bom você poder levar alegria, entretenimento, diversão, aprendizado, realização de sonhos, isso é o SBT, e eu me identifico muito com isso, me faz bem, me realiza e eu não sei ser diferente daquilo. Eu nasci para animar no rádio, na televisão, fazer programas que realizam sonhos. Eu sempre tive essa vontade muito grande desde a época que eu pedia alimentos e carrinhos de bebê para doar. Sempre foi assim. Então o SBT é a TV da família brasileira, você pode ligar e assistir que você não vai ficar envergonhado ao lado do seu filho ou da sua filha.
SBT News: Como a pandemia afetou as produções?
Celso Portiolli: É uma novidade para gente, né. Quando começou essa história de pandemia e lockdown, todo mundo ficou em casa, e depois de um tempo nós reformulamos o "Domingo Legal" e a maneira de fazer o "Passa ou Repassa". Foi o primeiro programa a voltar com plateia virtual, com os acrílicos, enfim. Então o protocolo do "Domingo Legal" é muito severo, meu protocolo pessoal também, eu sou extremamente exigente, e deu certo. Foi o primeiro programa a voltar, e eu não contraí o vírus durante toda essa minha caminhada de um ano e meio à frente da TV. Queria parabenizar minha equipe por ter conseguido esse êxito.
SBT News: Como fazer um programa de auditório sem a presença da plateia?
Celso Portiolli: A dúvida que a gente tinha para voltar era essa, e no começo foi bastante estranho. A gente teve que preencher com mais conversas, mais brincadeiras, e aí todo mundo ficou mais solto. Agora que o auditório faz falta, faz. Quando você entra no programa de televisão que tem auditório, é como entrar no estádio lotado, é impressionante a energia que tem o auditório. Eu não vejo a hora de ter um auditório do meu lado, recebendo carinho, as palmas da plateia, a vibração, isso é muito bom, faz muita falta.
SBT News: Qual mensagem gostaria de mandar para o SBT nesse aniversário?
Celso Portiolli: Gostaria de parabenizar o SBT pelos 40 anos, eu estou muito orgulhoso de fazer parte dessa história, não caiu a ficha ainda que eu faço parte dessa história, mas já estou há 25 anos no ar, mais dois de produção, se você parar para pensar é a maior parte do tempo, quando eu entrei o SBT era muito jovem, e eu também, estamos envelhecendo juntos e extremamente saudáveis. Parabéns, SBT!
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