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"CPI não pode atuar como se tivesse deputados estaduais", diz governador do PI

Wellington Dias aceitou convite para depor na comissão da Covid; data ainda será marcada

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Governador do Piauí, Wellington Dias, entrevistado por Roseann Kennedy no Poder em Foco
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O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que coordena a área de vacinas do Fórum de Governadores e preside o Consórcio Nordeste, aceitou o convite para depor na CPI da Pandemia e disse que está apenas aguardando a confirmação da data. Mas, fez uma ressalva: "a gente precisa ter cuidado para não ter parlamentares federais, senadores, fazendo o papel de deputado estadual ou de vereadores". 

Dias é enfático ao ressaltar que a apuração e a punição a gestores de estados e municípios cabe às assembleias estaduais e câmaras municipais. Para ele, os governadores podem ser ouvidos na CPI como colaboradores, mas não como investigados. 

"Estamos inteiramente dispostos a contribuir, prestando informações e encaminhando documentos e já estamos fazendo isso", afirmou em entrevista ao Poder em Foco, neste domingo (16.mai), no SBT. Ele complementou: "O foco principal da CPI é o que aconteceu com o Brasil, para já ter cerca de doze por cento dos óbitos do planeta na pandemia", defendeu.

O governo federal encaminhou recursos, por exemplo, para o pagamento de leitos de UTI, compra de medicamentos, exames, despesas necessárias à prevenção e ao tratamento da doença. A Polícia Federal já fez mais de 70 operações especiais desde o ano passado e apura o desvio de cerca de R$ 2 bilhões dessas verbas. 

"Na minha visão o que nós temos hoje é que as operações que são feitas pela Polícia Federal infelizmente muitas vezes se faz mais espetáculos. Então, que a gente tenha o cumprimento do regramento legal e se em um julgamento, após todo esse processo, se comprovar que alguém roubou, desviou, praticou qualquer criminalidade, claro, tem que responder, conforme a lei", avaliou.

 

Consórcio NE vai insistir na Sputnik e está disposto a assumir riscos

O presidente do Consórcio Nordeste afirmou que o grupo vai insistir na importação da vacina Sputnik V, da Rússia, até que haja uma resposta definitiva da Anvisa. 

"A decisão da Anvisa disse que aquela decisão (que não autorizou a importação) não era definitiva, que precisava de mais algumas informações. Apresentamos essas informações que foram solicitadas. Se a conclusão for pela aprovação, nós seguimos em frente, cobramos a vacina e faremos uso da vacina. Se a resposta for pela rejeição, é claro, vamos seguir também como estamos trabalhando atrás de outras vacinas".

Dias alega que mais de 60 países já usam o imunizante e não considera um problema o fato de nações que têm parâmetros similares aos brasileiros para a autorização da vacina não estarem usando, como Estados Unidos, Canadá e a União Europeia. 

Wellington Dias nega que o grupo esteja apostando todas as fichas apenas na compra da Sputnik V. Argumenta que foram estabelecidos diálogos com outras fabricantes. "Ainda em agosto levamos ao ministro da saúde a questão da Pfizer, demorou mas saiu. Lá na frente saiu o contrato para aprovação da Jansen. Agora estamos vendo com a OMS os entendimentos para a Sinopharm", informou. 

Perfil

Wellington Dias está no quarto mandato como governador do Piauí. Já foi deputado estadual, federal e senador pelo mesmo estado. Atualmente, é presidente do Consórcio Nordeste, entidade que agrupa os nove estados nordestinos a fim de elaborar e executar políticas públicas em conjunto na região, e coordenador da área de vacinas do Fórum de Governadores. 

Poder em Foco

O Poder em Foco é apresentado pela jornalista Roseann Kennedy que, semanalmente, recebe uma personalidade do ambiente do poder para tratar assuntos importantes da pauta nacional. Ele vai ao ar na madrugada deste domingo (16.mai) para segunda, 0h45, no SBT. A jornalista Soane Guerreiro, repórter do SBT Brasil, também participa da entrevista desta semana. 

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