Jornalismo
Planalto deflagra operação contra governadores na CPI
Governistas querem contra-atacar com as 54 operações envolvendo aliados da oposição nos estados
Leonardo Cavalcanti
• Atualizado em
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O grupo montado na Casa Civil para municiar os governistas na CPI da Covid deflagrou uma operação contra governadores. As 54 operações da Polícia Federal (PF), com a Controladoria Geral da União (CGU), envolvendo aliados da oposição nos estados passaram a ser dissecadas para neutralizar os ataques vindos de senadores.
O SBT News revelou na 6ª feira (23.abr) que o grupo interministerial coordenado a partir da Casa Civil tem distribuído tarefas para técnicos na Esplanada. Cada pasta fica responsável por municiar o Planalto com respostas ao que se considera como assuntos mais sensíveis. A tentativa é uniformizar a narrativa para cada um dos ministros ou ex-ministros convocados.
+ Grupo da Casa Civil monta respostas uniformes para ministros na CPI
Além da estratégia de defesa, o plano é contra-atacar, constrangendo aliados dos governadores e dos prefeitos envolvidos nas operações da PF e da CGU. Uma das investigações, por exemplo, envolve o governador do Pará, Helder Barbalho (PMDB), mesmo partido do senador Renan Calheiros (AL), que, para desgosto do Planalto, será o relator da CPI da Covid.
Barbalho inclusive foi um dos nomes lembrados pelo grupo ao longo dos últimos dias. Neste caso, um vídeo, gravado em meados do ano passado, em que ele exalta a compra e a distribuição de cloroquina para os paraenses. A oposição tenta estabelecer a relação entre a ineficácia do medicamento e a má-gestão do governo Bolsonaro - que exaltou o remédio - em enfrentar a pandemia.
No vídeo, entrando, Barbalho anuncia a compra da cloroquina e detalha a distribuição do medicamento. As imagens vinham sendo guardadas para serem exibidas na CPI. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), entrando, disparou o vídeo nas redes sociais ainda no final da tarde de 5ª feira (22.abr), antecipando a estratégia governista.
O SBT News revelou na 6ª feira (23.abr) que o grupo interministerial coordenado a partir da Casa Civil tem distribuído tarefas para técnicos na Esplanada. Cada pasta fica responsável por municiar o Planalto com respostas ao que se considera como assuntos mais sensíveis. A tentativa é uniformizar a narrativa para cada um dos ministros ou ex-ministros convocados.
+ Grupo da Casa Civil monta respostas uniformes para ministros na CPI
Além da estratégia de defesa, o plano é contra-atacar, constrangendo aliados dos governadores e dos prefeitos envolvidos nas operações da PF e da CGU. Uma das investigações, por exemplo, envolve o governador do Pará, Helder Barbalho (PMDB), mesmo partido do senador Renan Calheiros (AL), que, para desgosto do Planalto, será o relator da CPI da Covid.
Barbalho inclusive foi um dos nomes lembrados pelo grupo ao longo dos últimos dias. Neste caso, um vídeo, gravado em meados do ano passado, em que ele exalta a compra e a distribuição de cloroquina para os paraenses. A oposição tenta estabelecer a relação entre a ineficácia do medicamento e a má-gestão do governo Bolsonaro - que exaltou o remédio - em enfrentar a pandemia.
No vídeo, entrando, Barbalho anuncia a compra da cloroquina e detalha a distribuição do medicamento. As imagens vinham sendo guardadas para serem exibidas na CPI. O deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), entrando, disparou o vídeo nas redes sociais ainda no final da tarde de 5ª feira (22.abr), antecipando a estratégia governista.
Em vídeo, Governador do Pará Helder Barbalho anuncia a compra de cloroquina
? Eduardo Bolsonaro?? (@BolsonaroSP) April 22, 2021
Seu pai, Sen.Jader, está na CPI da COVID que acusa Bolsonaro de crime por isso
Obs: PF já pediu indiciamento de Helder por "condutas delituosas" na compra de R$ 50 milhões em respiradores https://t.co/XOObOUmhDT pic.twitter.com/8bKYAuMNqe
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