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Jornalismo

"Pix foi grande acerto do Banco Central", diz fundadora do Nubank

Cristina Junqueira é entrevistada no Poder em Foco, no SBT

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A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira
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A cofundadora do Nubank, Cristina Junqueira, afirmou que a implantação do Pix foi um grande acerto do Banco Central. "Foi uma grande evolução para o mercado brasileiro. É uma inovação que vai mudar o nível de eficiência no país de patamar". Ela falou sobre o sistema de pagamentos instantâneos, que está em funcionamento há quatro meses, em entrevista ao Poder em Foco que vai ao ar neste domingo (7.mar), no SBT.

Além de tornar as transações mais simples, Cristina ressalta que o modelo trouxe economia para os brasileiros. "Imagina quanto dinheiro não estava sendo pago em tarifas para esses bancões de DOC, de TED, de coisas tão caras? E é um dinheiro que, no fim, fica no bolso do consumidor, no bolso das famílias", ressaltou. 

De acordo com a empresária, o Nubank se preparou durante mais de um ano para que a nova modalidade de pagamentos não trouxesse nenhum tipo de dor de cabeça para os mais de 34 milhões de clientes da instituição. E pelo resultado alcançado, a estratégia parece ter dado certo. "Nas primeiras semanas do Pix, o Nubank já tinha mais chaves registradas do que todos os bancos tradicionais somados. E a gente ainda tem, até hoje, uma em cada quatro chaves do Pix no Brasil e 30% do número de transações do Pix hoje no Brasil passam pelo Nubank", relatou. 
    
 
 

Open Banking


Cristina Junqueira está otimista com outras novidades prometidas para o setor ainda neste ano. Ela acredita que o open banking, sistema que o governo estuda implantar no segundo semestre para permitir o compartilhamento de dados entre as instituições, terá um reflexo positivo para a sociedade. 

"O cliente vai ter muito mais controle sobre a sua vida financeira, porque ele vai poder pegar suas informações, o seu histórico de bom pagador e levar para a instituição que quiser. Então, a gente acredita que isso vai ser um grande estímulo à concorrência e, indiretamente, vai trazer produtos melhores, mais eficientes, menores tarifas e menores taxas de juros", apostou.

A fundadora do Nubank avaliou que o Brasil segue um bom ritmo de implantação do modelo de compartilhamento de dados dos correntistas. "Eu não diria que o Brasil está atrasado, eu acho que o Banco Central está trabalhando em open banking, como a gente também está, contribuindo bastante com as consultas públicas, para as discussões. Há diversos grupos de trabalho relacionados ao open banking que estão estudando o que já aconteceu em alguns dos países lá fora onde isso já avançou mais rapidamente e tem muita coisa pra acontecer, inclusive, este ano", concluiu. 
 


O Banco Central começou a discutir essa tecnologia em 2019 e explica que o open banking parte do princípio de que os dados bancários pertencem aos clientes e não às instituições financeiras. Desde que autorizadas pelo correntista, as instituições financeiras compartilharão dados, produtos e serviços com outras instituições, por meio de abertura e integração de plataformas e infraestruturas de tecnologia. 

O processo é feito em um ambiente seguro, como ocorrem as transações on line atualmente, por exemplo, e a permissão pode ser cancelada pela pessoa sempre que ela quiser. A base do mercado financeiro adota uma tecnologia padronizada para estabelecer uma comunicação fácil e simplificar a portabilidade de dados.

Suécia, Reino Unido, Holanda, Estados Unidos e Cingapura são considerados os países pioneiros no desenvolvimento de tecnologias para open banking.
 

Perfil



Cristina Junqueira é engenheira. Ela trabalhou por anos como consultora em bancos tradicionais e, em 2013, deu uma virada na carreira e foi uma das fundadoras do Nubank, que hoje é o maior banco digital independente do mundo e opera no Brasil, México e Colômbia. Em 2020, foi eleita pela revista Forbes como uma das 20 mulheres mais poderosas do Brasil.
 

Poder em Foco


 
O Poder em Foco vai ao ar na madrugada deste domingo (07) para segunda, 00h45, no SBT. Neste mês, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher, a cada semana a jornalista Roseann Kennedy vai entrevistar uma mulher de destaque no ambiente do poder.
 
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