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Família carbonizada: Avó diz que perdoa a neta envolvida no crime

Em entrevista, dona Vera ainda revelou detalhes da convivência com Ana Flávia e a namorada dela, e pediu que seja feita uma reconstituição

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Família carbonizada: Avó diz que perdoa a neta envolvida no crime
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Doze dias após o assassinato da família em São Bernardo do Campo, na Grande São Paulo, a mãe de uma das vítimas revelou detalhes da convivência com a neta e a namorada dela, envolvidas no assalto que terminou com três mortes.

Ao lado do sobrinho e do advogado, Vera Lúcia Conceição concedeu uma entrevista aos jornalistas e disse estar convencida da motivação do crime: "A ganância, o dinheiro".

A neta, Ana Flávia, e a companheira dela, Carina, já confessaram o roubo à casa dos pais, Flaviana e Romuyuki, mas negaram participação nos assassinatos do casal e do irmão, Juan.

Dona Vera, mãe de Flaviana, contou que a neta mudou de comportamento desde que começou a se relacionar com Carina, a quem ela descreveu da seguinte forma: "Arrogante, autoritária, queria mandar na casa da minha filha. A Carina se apresentou para mim como delegada. Aí depois, já ficamos sabendo que ela é enfermeira. [Carina] Trabalhava em loja, vendedora".

A avó também relatou que a família não era contra o relacionamento, porém, estranhava a forma como Carina demonstrava ciúmes da relação entra Ana Flávia e a família. "Muito autoritária, tinha ciúmes dos pais. Ciúmes da família com a Ana Flávia".

Câmeras de segurança ajudaram a polícia a montar o quebra-cabeças, levando à prisão das duas moças e de um primo de Carina, além de levar à identificação de um outro parente dele, Jonatan Ramos, que comprou o  combustível usado para incendiar o carro da família. Ele ainda está foragido.

A família das vítimas pede que seja feita uma reconstituição do crime, de forma que toda a verdade seja esclarecida, e que a conclusão da polícia não tenha como base apenas a confissão dos criminosos. "Toda a verdade. Eu exijo isso. Eu preciso disso", apelou a avó. 

Por isso, os familiares têm mantido a casa da família fechada, preservando o ambiente da mesma forma desde o dia do crime. Segundo eles, nada foi mexido e nem lavado, para que os vestígios revelem tudo o que aconteceu no local. 

Aos 57 anos, Vera Lúcia, que ainda se recupera de um câncer de mama, diz que visita a casa da filha todos os dias, no entanto, sem passar do quintal onde alimenta os cachorros da família.

A avó, por fim, deixou uma mensagem para a neta. "Eu tenho que perdoar para eu ter sossego. Eu te perdoo, mas não preciso conviver com você. Não aceito o que você fez, você vai pagar. Se você fez, você vai pagar". 
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