Dois ataques a tiros nos EUA deixam 29 mortos em menos de 24 horas
Os ataques reacenderam os debates sobre controle de armas no país. Os locais onde ocorreram os massacres têm leis brandas de compra e porte de armas
SBT News
Em menos de 24 horas, os Estados Unidos sofreram dois ataques a tiros em diferentes cidades. Pelo menos 29 pessoas morreram.
Clientes da rede de hipermercados Walmart, em El Paso, no Texas, foram surpreendidos, no sábado (3), por um homem - posteriormente identificado como Patrick Crusius, de 21 anos - armado com um rifle, que entrou atirando no local, que estava lotado. Foram seis segundos de tiros.
O FBI trata o atentado como um ato de terrorismo doméstico e crime de ódio. Patrick, que está sob custódia, havia publicado um manifesto na internet, onde falava do ataque como uma resposta à invasão hispânica, no Texas.
O atirador utilizou um rifle, comprado legalmente. A arma foi a mesma escolhida por Connor Betts, de 22 anos, que matou nove pessoas e deixou seis feridas, em uma casa noturna, na cidade de Dayton, Ohio, na madrugada de domingo (4).
O assassino foi ao local com a irmã e mais um homem, porém, agiu sozinho no momento do massacre. Na hora do ataque, ele vestia máscara, colete a prova de balas e proteção nos ouvidos. A motivação do crime ainda não está clara. Connor foi morto pela polícia. Entre as vítimas, está a irmã do atirador.
Os estados do Texas e Ohio têm leis liberais em relação ao porte de armas. É possível comprar rifles e pistolas semi-automáticas, sem verificação de antecedentes criminais ou registros.
Em período pré-eleitoral, políticos democratas, opositores de Donald Trump, denunciam o aumento da violência armada no país e pedem medidas mais rígidas de controle de armas nos Estados Unidos.
O presidente americano classificou o tiroteio como um ato de covardia e disse que "ódio não tem lugar no país". Trump também prometeu divulgar ações nesta segunda-feira (5), e não fez comentários sobre o controle de armas. O chefe de estado disse que o problema é de saúde mental.