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Governo libera bilhões em emendas para deputados em troca de votos

O presidente Jair Bolsonaro acredita que a proposta será aprovada antes do recesso parlamentar - que começa no dia 17 desse mês

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Governo libera bilhões em emendas para deputados em troca de votos
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O Governo Jair Bolsonaro liberou dois bilhões e meio de reais em emendas para deputados e senadores com o objetivo de angariar votos a favor da Reforma da Previdência. Segundo a ONG 'Contas Abertas', o montate foi prometido ainda nos primeiros cinco dias deste mês.

O Diário Oficial desta segunda-feira (09), por exemplo, publicou a liberação de cerca de um milhão para as emendas parlamentares. 

"Gostaria de liberar tudo que está no orçamento. Só foi liberado o que já tinha previsto. Quando tem uma situação assim é normal. Não quero falar em velha política, não tem mala, não tem conversa escondida", declarou Bolsonaro, defendendo a medida. 

A oposição, por sua vez, reagiu à liberação dessas emendas, e prometeu entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal pedindo para que o repasse dessas verbas seja suspenso, e também com uma representação na Procuradoria-Geral da República, acusando o presidente e ministros de crime de improbidade administrativa.

"O artigo 142 da LDO não deixa dúvidas. A utilização do orçamento, da maneira como está sendo feito pelo Governo, é crime", argumenta o deputado Paulo Pimenta (PT-RS).

A liberação das emendas tem sido vista como forma de compensar a atuação de Jair Bolsonaro na articulação da Reforma da Previdência. 

Ao contrário do ex-presidente Michel Temer, que também tentou mudar o sistema de aposentadoria, Bolsonaro quase não participou pessoalmente das negociações com os deputados - recebeu poucos parlamentares e delegou a maior parte dessa função aos ministros e líderes do Governo no Congresso. 

No entanto, no dia decisivo sobre a Previdência, o presidente estava otimista quanto a aprovação do projeto antes do recesso parlamentar. "Rodrigo Maia é o nosso general dentro da Câmara, agora, para aprovar, com toda certeza, antes do recesso, os dois turnos dessa nova previdência."

 

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