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Votação do relatório da Reforma da Previdência ocorrerá após a páscoa

Entre conflitos intensos, deputados e Governo tentaram entrar em um consenso quanto a modificações no texto para destravar a votação

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Votação do relatório da Reforma da Previdência ocorrerá após a páscoa
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Sem acordo entre governistas e a oposição, a votação do relatório da Reforma da Previdência na Comissão de Constituição e Justiça, na Câmara, que deveria acontecer nesta quarta-feira (17), foi adiada para depois da páscoa. O adiamento da decisão refletiu no mercado financeiro. 

A sessão, que começou com uma hora de atraso, devido à falta de quórum, foi novamente tomada por intensas discussões entre parlamentares e tumulto. Em meio à confusão, a campainha, usada para pedir silêncio aos presentes, queimou.

Para facilitar o consenso entre os parlamentares, líderes do "centrão" tentaram inclusive convencer o relator a fazer alterações em determinados pontos do texto. Porém, não houve acordo. 

A falta de consenso entre os deputados levou ao adiamento da votação, que deverá ocorrer após o feriado de páscoa.

"Vou conceder o pedido e encerrar a presente reunião para que possamos retomar na terça-feira que vem", declarou o presidente da CCJ, Felipe Francischini, finalizando a sessão.

Mais tarde, questionado sobre a decisão, o ministro da Economia, Paulo Guedes, atribuiu o adiamento à inexperiência de alguns parlamentares.

"Tem ainda esses pequenos ajustes que vêm até de uma relativa inexperiência. Tem um grupo chegando e tinha um grupo que já estava estabelecido, que conhece mais as práticas regimentais", explicou Guedes.

O Secretário Especial da Previdência, Rogério Marinho, por sua vez, demonstrou que os entraves para a votação não se devem à falta de experiência, mas, à dificuldade de articulação do Governo.

Desta forma, visando uma melhora no apoio político à Reforma, Marinho convocou os principais partidos do "centrão" para negociar mudanças no texto. 

"Nós tivemos uma primeira conversa com membros de vários partidos, que têm algumas restrições ao projeto como ele se encontra. Iniciamos um diálogo. Se o acordo for celebrado até sexta-feira, ou segunda-feira, na terça-feira a votação se dará sem obstrução e seguiremos para a comissão de mérito.", afirmou o Secretário Especial da Previdência.

Ainda nesta quarta, o adiamento da votação refletiu no mercado financeiro. O dólar comercial fechou em alta de 0,83%, cotado a R$ 3,83. Já a bolsa de valores fechou em queda de mais de 1%.

 

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