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Caderno de um dos atiradores traz desenho de arma e táticas de ataque

Guilherme Taucci Monteiro tinha 17 anos e deixou seu caderno no local do crime

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Caderno de um dos atiradores traz desenho de arma e táticas de ataque
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Desenho de arma no caderno de Guilherme Taucci
Divulgação

Na manhã da última quarta-feira (13), Guilherme Taucci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25, invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, localizada em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e abriram fogo contra alunos e funcionários. Dez pessoas foram mortas e outras 11 ficaram feridas no ataque.

 

+ Conheça as vítimas do massacre de escola em Suzano (SP)

 

Nesta quinta-feira, a polícia militar divulgou o caderno do atirador de 17 anos, cujo conteúdo mostra dois desenhos supeitos: um de revólver e outro de uma máscara.

 

Em determinada página, há também uma descrição de um ataque rápido de um jogo de videogame. Ele narra a estratégia da partida, fala de um "exército meio fraco" e em como deixar o adversário "sem tempo de fazer muitas defesas".

 


Caderno trazia descrições de um ataque de jogo de videogame
Divulgação

 

A tragédia

 

Na manhã desta terça-feira (13), dois rapazes de 17 e 25 anos invadiram a escola estadual Professor Raul Brasil, localizada em Suzano, na região metropolitana de São Paulo, e abriram fogo contra alunos e funcionários. Dez pessoas foram mortas e outras nove ficaram feridas.
 
Os assassinos Guilherme Tauci Monteiro, de 17 anos, e Luiz Henrique de Castro, de 25 anos, se suicidaram após a chegada da Força Tática ao local. Ambos foram identificados por testemunhas como ex-alunos da escola. 
 
No local, a polícia militar encontrou um revólver 38, uma besta (uma arma semelhante a um arco e flecha), coquetéis molotov e uma mala com fios.
 
Estudantes que presenciaram o ataque ainda alegaram que os criminosos possuíam uma faca e um machado pequeno.
 
Antes do ataque à escola, o atirador mais novo havia executado o próprio tio. Jorge Antônio Moraes era comerciante e proprietário de uma loja de automóveis, próxima ao local do atentado. 
 
Guilherme Tauci, que havia sido demitido da loja, executou o tio a tiros e roubou o veículo utilizado para chegar ao colérgio.  
 
Dentro da escola, as primeiras vítimas da dupla foram Marilena Ferreira Vieira Umezo, coordenadora pedagógica, e Eliana Regina de Oliveira Xavier, funcionária do colégio. 
 
Em seguida, ambos se dirigiram ao pátio do colégio e iniciaram o ataque aos alunos. 
 
Pablo Henrique Rodrigues, Clayton Antônio Ribeiro, Samuel Melquíade Silva de Oliveira, Douglas Murilo Celestino, Caio Oliveira e uma vítima ainda não identificada morreram no local. 
 
Os corpos dos cinco alunos, das duas funcionárias e dos dois assassinos foram encaminhados para o Instituto Médico Legal da região.
 
Os alunos Anderson Carrilho de Brito, Guilherme Ramos, Adna Bezerra, Beatriz Gonçalvez, Jennifer Silva Cavalcanti, Leonardo Vinícius santana, Letícia Melo Nunes, Murilo Gomes Louro Benite e Samuel Silva Felix ficaram feridos.
 
Os nove alunos foram encaminhados para o Hospital Santa Maria, em Suzano, onde receberam os primeiros socorros. 
 
Alguns foram transferidos posteriormente para outras unidades para que fossem feitas intervenções cirúrgicas e outros atendimentos. 
 
O estado de saúde dos estudantes feridos ainda não foi divulgado. 
 
O atentado foi abreviado pela chegada da Força Tática da Polícia Militar, que estava na região atendendo o chamado de tiros na loja de veículos de Jorge Antônio. Até então, o ocorrido era considerado um caso isolado de latrocínio, ou seja, uma tentativa de roubo seguida de morte. 
 
Após os primeiros disparos na escola Raul Brasil, o tempo de resposta da PM foi de pouco mais de oito minutos. Ao perceber a chegada dos oficiais, os atiradores se suicidaram. 
 
Em meio à ação, alunos conseguiram fugir pulando o muro ou arrombando o portão da escola.
 
Outros ainda se esconderam na despensa da cantina do colégio. Vinte e cinco deles tiveram suas vidas salvas pela merendeira Silmara Cristina Silva de Moares, de 54 anos, que abrigou estudantes em sua casa até que a polícia interviesse. 
 
Veja abaixo uma das reportagens do Cabrini sobre o caso:

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