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Cachorra torna-se a primeira a alcançar topo de montanha no Himalaia

Alpinista Don Wargowsky ganhou a companheira ao longo da expedição e ficou surpreso pela sua persistência e resistência

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Cachorra torna-se a primeira a alcançar topo de montanha no Himalaia
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Uma cachorra vira-lata pode ter entrado para a história após se tornar a primeira a alcançar o topo de uma montanha no Himalaia, no Nepal. Sua aventura foi documentada pelo alpinista Don Wargowsky, que ficou encantado pela coragem e carinho do animal.
 

A cadela conhecida como Mera acompanhou Don e um grupo de alpinistas até o cume da Baruntse, uma montanha de 7.129 metros de altura localizada ao sul do Monte Everest. A expedição ocorreu em novembro de 2018 e a história foi divulgada pelo alpinista somente nesta semana.
 

 


Por ficar próximo a alguns dos maiores do mundo, o pico muitas vezes não é lembrado, mas possui uma dificuldade altíssima por conta do seu relevo extremamente íngreme. 

Rebatizada de Baru, em homenagem ao nome da montanha, a cachorra tem cerca de 20kg e aparenta ser um cruzamento das raças mastim tibetano e pastor do Himalaia. Seu primeiro contato com Wargowsky foi na pequena cidade de Kare. Segundo ele, os dois se reencontraram dias depois, já a mais de mil metros de altura. 
 

 

 

"Quando a vi pela segunda vez, jamais imaginei que ela iria nos acompanhar até o topo. Afinal, não há nenhuma razão para um cão ir até locais como este. No dia da nossa subida, deixei ela na minha tenda e saímos bem cedo. Ela esperou o Sol nascer, seguiu nosso rastro e nos encontrou pouco depois", disse Don. 
 

Wargowsky liderava uma expedição promovida pela agência tibetana Summit Climb. Ao ver sua persistência, o alpinista rapidamente criou um laço com a cadelinha e ela logo virou a mascote da viagem. 


  


"Eu comecei a ficar muito empolgado por ela, mas extremamente nervoso também! Eu amo cães e ela se mostrou muito especial. Seria mesmo muito fácil para ela se machucar lá em cima e isso partiria meu coração", continuou o alpinista morador de Washington, nos Estados Unidos. 

Durante os quase 20 dias de expedição, Baru e Wargowsky tornaram-se inseparáveis, chegando a dormir juntos na mesma tenda. Carinhosa e obediente, a cachorra não dificultou a ascensão do alpinista e do restante do grupo. 

 

 
 

Ao longo do trajeto, Baru machucou suas patas e precisou de tratamento dos alpinistas e seus auxiliares, conhecidos como sherpas. Segundo Wargowsky, os trabalhadores passaram a respeitar a cadela ao testemunharem sua resistência e destreza.

Ao final da viagem, Baru foi adotada pelo gerente do acampamento base da expedição, conhecido como Kaji. "Eu pensei muito em trazê-la de volta para casa comigo. Eu realmente amaria fazer isso, mas seria uma atitude egoísta da minha parte", disse Don.

 

 
(Fotos: Reprodução / Facebook / Don Wargowsky)

"Eu viajo muito e vivo em um pequeno apartamento com outro cachorro grande. Não seria nada justo forçar um animal tão ativo a viver em um espaço reduzido como a minha casa. Se eu morasse em uma fazenda eu traria ela junto comigo em um piscar de olhos", completou. 

No último Natal, Kaji enviou a Don fotos de Baru. A cachorrinha apareceu mais forte após recuperar o peso que perdeu durante a subida, feliz e super ativa acompanhando viajantes nas montanhas. 

Segundo especialistas, há relatos de cães que alcançaram altitudes elevadas como a do Acampamento Base do Everest, que fica a 5.364 metros de altura, e também até o Camp II, localizado a 6.492 metros do nível do mar. Entretanto, nenhum foi tão longe quanto a companheira de Don. 

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