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Venezuela: Celso Amorim diz que ordem para prender González é "muito preocupante"

Segundo assessor, prisão de opositor a Maduro seria "política, e nós [Brasil] não aceitamos prisões políticas"

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O assessor para assuntos internacionais do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim, disse que a ordem de prisão da Justiça venezuelana contra o principal opositor de Nicolás Maduro nas eleições, Edmundo González, é "muito preocupante" e "a coisa errada a se fazer".

+ Justiça da Venezuela emite mandado de prisão contra Edmundo González, opositor de Maduro

Amorim disse ainda que o Brasil não tem visto espaço para diálogo na Venezuela, mas e que é "inegável" que existe uma escalada de autoritarismo na país. Amorim ponderou dizendo que espera uma solução pacífica para a crise política no país vizinho. A declaração do ex-chanceler foi dada à agência Reuters.

Segundo ele, a prisão de González seria "política, e nós [Brasil] não aceitamos prisões políticas".

O assessor reafirmou a posição do presidente Lula de que o Brasil não reconheceu a vitória de nenhum dos candidatos nas eleições de julho e que não considera a situação resolvida.

Possível prisão

O Ministério Público da Venezuela solicitou um mandado de prisão contra Edmundo González, principal opositor de Nicolás Maduro nas eleições presidenciais do país, por causa da publicação de atas impressas das urnas eleitorais no site “Resultados com VZLA”.

+ Ministério Público da Venezuela pede prisão de Edmundo González, opositor de Maduro

Na noite de segunda-feira (2), a Justiça da Venezuela aceitou um pedido do MP e emitiu um mandado de prisão contra González, que é investigado pelos crimes de usurpação de funções da autoridade eleitoral, falsificação de documentos oficiais e incitação de atividades ilegais.

Até o momento, não há informações sobre o cumprimento do mandado de prisão contra González.

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