Vai ter greve de ônibus em São Paulo na quarta-feira? Saiba os detalhes
Paralisação dos ônibus pode durar 24 horas, conforme anúncio e decisão do protesto durante assembleia, na última sexta-feira (28)
A capital paulista deve se preparar para uma nova greve de ônibus que está marcada na virada de terça para quarta-feira (3), às 0h, segundo confirmação do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas), nesta segunda-feira (1º).
A paralisação do serviço de ônibus pode durar 24 horas, conforme anúncio e decisão do protesto em assembleia na sede do sindicato, na última sexta-feira (28). No entanto, o Sindmotoristas tem a expectativa que o setor patronal realize uma proposta que corresponda as reivindicações da manifestação, que são:
- Reajuste salarial de 3,69% pelo IPCA-IBGE mais 5% de aumento real;
- Reposição das perdas de 2,46% desde 2020 reconhecida em audiência de mediação no TRT-SP;
- Melhora na cesta básica;
- Adequação do PPR (Programa de Participação nos Resultados) de R$ 1.200 para R$ 2.000;
- Vale Refeição de R$ 38/dia (hoje é R$ 33,7/dia);
- Seguro de vida de 10 salários mínimos, conforme a lei 12.619;
- Revisão dos valores do auxílio funeral;
- Melhoria dos convênios médico e odontológico;
- Melhorias das condições nos locais de trabalho.
Dessa forma, um acordo promovido pelo setor patronal para o sindmotoristas, se houver, deve ser apresentado em um encontro no Tribunal de Contas do Estado (TCM) ou no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), agendados na terça-feira (2), o que cancelaria a greve.
A greve está dentro da lei?
O direito de greve está assegurado pela Lei nº 7.783/1989, que considera legítimo o exercício de greve seja pela suspensão coletiva ou temporária da prestação dos serviços, sendo pacífico.
Como a notificação da greve ocorreu na última sexta-feira, o movimento está dentro do requisito da lei que exige o aviso para o setor patronal ou os empregadores interessados com, pelo menos, 48 horas de antecedência.