Suspeito de matar e esquartejar companheira é indiciado em Porto Alegre
Ricardo Jardim, de 66 anos, é suspeito de assassinar e ocultar o corpo de Brasília Costa, de 65 anos, encontrada dentro de mala em uma rodoviária

Antonio Souza
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou, nesta sexta-feira (31), Ricardo Jardim, de 66 anos, suspeito de matar e esquartejar a companheira, Brasília Costa, de 65 anos.
O corpo da idosa foi encontrado dentro de uma mala na Estação Rodoviária de Porto Alegre, em setembro deste ano.
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A mala com os restos mortais da vítima foi deixada na rodoviária no dia 20 de agosto. Segundo as investigações, Ricardo usou nome e CPF falsos ao despachar a bagagem, para evitar que sua identidade fosse descoberta.
Dentro da mala, a polícia encontrou o tronco da vítima. Exames periciais confirmaram que o corpo era de Brasília Costa.
De acordo com a Polícia Civil, o inquérito foi concluído e encaminhado à Justiça. Ricardo Jardim segue preso preventivamente desde o dia 5 de setembro, e permanece à disposição do Judiciário.
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Os dois se conheceram em uma pousada no início de 2024, tiveram um breve relacionamento e voltaram a namorar há cerca de seis meses antes do crime.
Relembre o caso
No dia 1º de setembro, funcionários da Estação Rodoviária de Porto Alegre encontraram partes de um corpo dentro de uma mala preta guardada em um dos compartimentos de bagagens do terminal.
O forte odor vindo da bagagem levou a equipe a retirá-la para um espaço aberto, onde encontraram o tronco de uma mulher.
Após as investigações, constatou-se que o corpo pertencia a Brasília Costa. Na ocasião, outras partes do corpo foram encontradas no Rio Guaíba.
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Os investigadores verificaram que o tronco encontrado na mala pertencia ao mesmo corpo cujos braços e pernas haviam sido localizados no dia 13 de agosto. “Naquela oportunidade, foram encontrados membros superiores e inferiores de um corpo, e não descartamos a possibilidade de serem partes do mesmo corpo encontrado hoje”, acrescentou a delegada.
No dia 5 de setembro, a polícia identificou Ricardo Jardim como principal suspeito. Ele teve a prisão preventiva decretada.
Segundo os investigadores, o suspeito “dominava técnicas de cortes”. “Os cortes são precisos, técnicos. Tudo se encaminha para um crime de relação íntima, não de crime organizado, podendo até ser feminicídio”, disse o delegado Mário Souza.









