Surto no litoral de SP: Morre jovem que contraiu virose e ficou 90 dias internada em UTI

Carolini Costa Rolim, de 22 anos, morreu nesta terça-feira (15), após ficar 90 dias internada em estado grave na UTI devido a complicações de saúde relacionadas a uma virose, contraída durante surto que atingiu o litoral de São Paulo entre o final de 2024 e o começo deste ano.

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Moradora de Taquarituba, ela havia viajado ao Guarujá, na Baixada Santista, para celebrar o Réveillon com a família.

A jovem apresentou sintomas graves durante a viagem, necessitando de atendimento médico de emergência. Carolini sofreu uma parada cardíaca e foi entubada no Hospital Guarujá, antes de ser transferida para outras unidades de saúde na tentativa de se recuperar.

Posteriormente, Carolini foi transferida para a Santa Casa de Avaré, no interior de São Paulo, onde permaneceu 90 dias na UTI. Ela havia recebido alta da UTI na semana passada e seguia em recuperação na enfermaria, onde veio a falecer.

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Ela estava hospedada em um apartamento alugado com os pais, irmã, sobrinho, cunhado e outros parentes de Santa Bárbara D’Oeste. Toda a família apresentou sintomas da virose, mas Carolini foi a mais afetada. Ela tratava uma diabetes tipo 1, o que contribuiu para a gravidade do quadro.

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Até a manhã desta quarta (16), a causa da morte e o diagnóstico não haviam sido divulgados. De acordo com familiares, o velório será nesta quarta-feira (16) em Taquarituba, com sepultamento previsto para às 16h30, no Cemitério Central.

Relembre surto de virose no litoral de SP

Entre dezembro de 2024 e janeiro de 2025, um surto de virose afetou cidades como Guarujá, Santos, Praia Grande e São Sebastião, causando aumento de casos de diarreia, vômitos e febre. A superlotação dos serviços de saúde e o desabastecimento de medicamentos agravaram a situação.

À reportagem, o infectologista Ricardo Bonifácio, do Hospital Sírio-Libanês, explicou que se tratava da proliferação de gastroenterocolite aguda, uma infecção no trato digestivo de origem viral. Os casos cresceram no verão, devido às altas temperaturas e ao contato próximo entre pessoas nas praias.

Na época, a Prefeitura de Guarujá apontou um possível despejo irregular de esgoto na praia da Enseada como causa, o que foi negado pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). A empresa disse que análises do Instituto Adolfo Lutz confirmaram a qualidade da água fornecida.

A Secretaria Estadual de Saúde, no entanto, chegou a reforçar orientações preventivas, com a distribuição de hipoclorito de sódio e campanhas informativas sobre doenças diarreicas. A pasta também implantou protocolos para coleta de amostras e análise de casos.