Servidores de hospitais federais do RJ entram em greve
Cirurgias eletivas, consultas e exames não oncológicos estão suspensos; trabalhadores citam “descaso” do governo
Primeiro Impacto
Servidores de saúde dos seis hospitais federais do Rio de Janeiro entraram em greve desde quarta-feira (15). Cirurgias eletivas, consultas e exames não oncológicos estão suspensos. A paralisação, segundo o sindicato da categoria, é por tempo indeterminado.
Os trabalhadores, em nota, citam “descaso” do governo federal ao não atender reivindicações. “Além da pauta específica dos servidores, a greve expressa a luta por uma saúde pública, gratuita, universal, de qualidade e inteiramente financiada por recursos públicos”, diz a nota.
O Sindsprev/RJ diz rejeitar propostas de “fatiamento, privatização ou entrega da rede de unidades federais de saúde à Empresa Brasileira de Gestão Hospitalar (Ebserh), a organizações sociais ou à gestão do município do Rio de Janeiro”. Os funcionários reclamam, também do sucateamento e da falta de materiais básicos.
Seguem funcionando os serviços de quimioterapia, oncologia, cirurgias oncológicas, hemodiálise, diálise, cirurgias e atendimentos de emergência e urgência, serviços de maternidade, serviços de atendimento a pacientes especiais, transplantes e ambulatório de TAP, e trocas de sonda e de curativos queimados. As unidades devem funcionar com 30% do pessoal, para atender a demanda dos setores.
Outras reivindicações
A greve reivindica outras questões, como o cumprimento do acordo de greve de 2023, pagamento de adicional de insalubridade em grau máximo e piso da enfermagem em valores integrais e a prorrogação de todos os Contratos Temporários da União (CTUs) até a realização de concurso público.
Os grevistas também pedem a transferência dos servidores da rede federal para a carreira da Ciência e Tecnologia, além do reajuste linear em índice que recomponha o efetivo poder de compra dos salários. O sindicato diz que o governo Lula (PT) não ofereceu nenhum reajuste.