Romário e Marcos Braz são alvo de investigação no STF após delação
Senador e vice de futebol do Flamengo foram citados por ex-assessor do governador Cláudio Castro por desvios em projetos
Renata Igrejas
O senador Romário (PL) e o vereador e vice-presidente de Futebol do Flamengo Marcos Braz (PL) são alvo de uma investigação no Supremo Tribunal Federal (STF), após serem citados em uma delação premiada envolvendo um suposto desvio de dinheiro público de nos projetos de esporte da Prefeitura do Rio de Janeiro.
A investigação é conduzida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal e foi aberta a partir da delação premiada de Marcus Vinícius Azevedo da Silva, empresário e ex-assessor do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. A delação já foi homologada pela Justiça e o relator do caso no Supremo será o ministro Kassio Nunes Marques.
Segundo Marcos Vinícius, o vereador Marcos Braz era o responsável por recolher o valor desviado, por meio da ONG Cebrac e repassar parte da verba para Romário. O desvio teria acontecido entre 2015 e 2016, período em que o vice-presidente de Futebol do Flamengo fazia parte da Secretaria Municipal de Esportes. Os contratos assinados neste período somam R$ 13 milhões.
Pelas redes sociais, o senador Romário – que tem foro privilegiado pelo cargo e, por isso, a investigação está no STF – negou as acusações e chamou o delator de "corrupto, safado e ex-presidiário".
Por meio de nota, a equipe de Romário disse que Marcus Vinícius Azevedo da Silva é um "criminoso tentando se safar usando o nome do senador mais votado da história do seu estado".
Em pronunciamento, a defesa do vereador Marcos Braz nega "veemente" a existência dos fatos e afirma que o político está à disposição das autoridades para o esclarecimento dos fatos.
"O senhor Marcos Braz foi Secretário pelo período de 16 meses, entre o ano de 2015 e 2016, ou seja, há quase 9 anos. Causa estranheza que estes fatos, levados ao conhecimento dos órgãos de imprensa, de uma delação que supostamente foi feita em 2019, já passados 5 anos, sejam noticiados só agora, em pleno período pré eleitoral, que se nega veemente a própria existência desses fatos. Como uma pessoa pública e altamente exposta, encontra-se a disposição das autoridades, sendo de seu total interesse que os fatos sejam esclarecidos com a maior brevidade possível. A Defesa buscará ter acesso ao suposto procedimento investigatório", diz a nota.