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Quem são jogadores e técnicos vítimas de desvio de R$ 7 milhões do FGTS investigado pela PF

Polícia Federal cumpre mandados de busca e apreensão contra bancários nesta quinta (13) em nova fase da operação Fake Agents

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Ramires, Falcão e Gabriel Jesus são vítimas de fraudes no FGTS | Reprodução
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A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (13), a 3ª fase da Operação Fake Agents, que investiga o desvio de cerca de R$ 7 milhões do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) de jogadores de futebol, ex-atletas e treinadores. Segundo a PF, o esquema foi coordenado por uma advogada com contatos dentro de agências bancárias responsáveis por autorizar saques irregulares em nome das vítimas.

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Entre as vítimas estão nomes de destaque do futebol brasileiro e internacional:

  • Gabriel Jesus, atacante do Arsenal e ex-Palmeiras e Seleção Brasileira;
  • Ramires, ex-meio-campista do Palmeiras e da Seleção;
  • Paulo Roberto Falcão, ex-técnico e ídolo da Seleção Brasileira;
  • Obina, ex-atacante do Flamengo;
  • Titi, zagueiro do Goiás e ex-Vasco;
  • Raniel, atacante com passagens por Santos e Vasco;
  • Christian Cueva, meia peruano que jogou no São Paulo e Santos;
  • João Rojas, atacante equatoriano ex-São Paulo;
  • Alejandro Donatti, zagueiro argentino com passagem pelo Flamengo.

Buscas

De acordo com a Polícia Federal, quatro mandados de busca e apreensão foram cumpridos na manhã desta quinta-feira no Rio de Janeiro: três em residências de funcionários da Caixa Econômica Federal e outro em uma agência da instituição no Centro.

As investigações indicam que a advogada líder do grupo teve sua carteira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) suspensa após ser identificada como a responsável por coordenar os saques fraudulentos. A profissional usava documentos falsos e contas bancárias abertas em nome das vítimas para receber os valores desviados.

Como o golpe funcionava

Segundo a PF, a fraude começou a ser investigada após um banco privado denunciar uma conta aberta com documentos falsos em nome de um jogador peruano. Em maio de 2024, o SBT News noticiou que a vítima era o centroavante Paolo Guerrero, ex-jogador de Corinthians e Flamengo. Ele teve R$ 2,2 milhões retirados indevidamente de sua conta vinculada ao FGTS.

A partir daí, a polícia descobriu uma rede criminosa que usava dados de atletas e ex-jogadores para sacar valores do Fundo de Garantia de forma irregular.

Os investigados devem responder por falsificação de documento público, estelionato e associação criminosa, podendo ainda ser enquadrados em outros delitos conforme o avanço das apurações.

A operação é conduzida pela Delegacia de Repressão a Crimes Fazendários (DELEFAZ) da Polícia Federal no Rio, com apoio da área de Inteligência e Segurança da Caixa Econômica Federal.

Em nota, a Caixa afirmou que atua em parceria com a PF na investigação. "Todos os casos identificados são tratados com rigor, e os valores movimentados indevidamente são integralmente restituídos aos clientes", disse o banco.

Leia nota da Caixa na íntegra:

A CAIXA mantém uma equipe técnica altamente qualificada, dedicada à identificação e mitigação de vulnerabilidades, além de promover melhorias contínuas em seus mecanismos de segurança, com foco na prevenção de fraudes e na proteção dos dados dos clientes.

O banco reforça que atua em parceria com a Polícia Federal e demais órgãos de controle na investigação e repressão a fraudes. Todos os casos identificados são tratados com rigor, e os valores movimentados indevidamente são integralmente restituídos aos clientes.

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