Queda de avião em Gramado: aeronave não tinha caixa-preta; entenda
A perícia está no local e recolhe fragmentos de corpos no local da tragédia, que matou 10 pessoas neste domingo (22)
Wagner Lauria Jr.
O avião que caiu em Gramado (RS) e deixou dez mortos, na manhã deste domingo (22), não tinha caixa-preta. A aeronave de pequeno porte do modelo Piper Cheyenne 400 foi fabricada em 1990, quando não havia obrigatoriedade de ter o equipamento.
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No momento, a perícia está no local e recolhe fragmentos de corpos na área da tragédia.
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Queda sem sobreviventes
A queda da aeronave matou o piloto, o empresário Luiz Galeazzi, a esposa, três filhos, a irmã e o cunhado do empresário, a sogra e duas crianças.
O cunhado de Luiz Galeazzi foi identificado como Bruno Cardoso Munhoz Guimarães, diretor da Galeazzi & Associados, empresa da qual o piloto era CEO.
Além disso, 17 pessoas ficaram feridas em solo por causa do acidente aéreo. Duas das vítimas foram transferidas para Porto Alegre para tratamento especializado. Uma delas está com 60% do corpo afetado por queimaduras.
O acidente acontece na semana do Natal, principal data para a cidade, que recebe muitos turistas nessa época do ano.
Luiz Galeazzi também perdeu a mãe em outro acidente
O empresário Luiz Galeazzi atuava como CEO em uma consultoria de recuperação e reestruturação de empresas na Galeazzi & Associados. Ele era formado em administração de empresas pela Fundação Getulio Vargas (FGV).
Ele também perdeu a mãe em um acidente aéreo em 2010. Maria Leonor Salgueiro Galeazzi era mulher de Cláudio Galeazzi, que foi presidente do Grupo Pão de Açúcar. Ela estava na aeronave com o piloto e os dois morreram na queda, em Iperó, na região de Sorocaba, minutos depois da decolagem.
A aeronave que caiu em 2010 também era de Luiz Galeazzi, como a que se acidentou neste domingo.