SP: professores municipais mantêm greve e convocam manifestação para esta quarta (23)
Mobilização acontece em protesto ao reajuste salarial de 2,6% proposto pelo prefeito Ricardo Nunes; categoria pede aumento de 12,9%

Camila Stucaluc
O Sindicato dos Professores e Funcionários Municipais de São Paulo (Aprofem) decidiu manter, por tempo indeterminado, a greve em protesto à proposta de reajuste salarial apresentada pelo prefeito Ricardo Nunes (MDB). Para pressionar a gestão municipal, a categoria convocou para esta quarta-feira (23) uma nova manifestação em frente à prefeitura.
A proposta de Nunes apresentada à Câmara Municipal prevê um reajuste salarial de 2,6% a partir de 1º de maio de 2025 para servidores ativos e aposentados com paridade; de 2,55% a partir de 1º de maio de 2026; e de 6,27% sobre os pisos salariais da carreira do magistério. Tais percentuais são rejeitados pela categoria, que reivindica um reajuste linear de 12,9% para cobrir a inflação.
“O projeto de lei foi enviado à Câmara pelo prefeito sem nenhuma negociação com as entidades representantes”, disse a Aprofem. “Os índices apresentados não repõem as perdas inflacionárias dos últimos anos, desconsideram o aumento do custo de vida e desvalorizam ainda mais o trabalho de quem sustenta os Serviços Públicos”, defendeu a entidade.
Além do reajuste salarial, a categoria pede as seguintes mudanças: fim do confisco de 14% das aposentadorias e pensões, e elevação dos pisos dos Profissionais de Educação com a devida incorporação imediata nas tabelas do QPE (Quadro dos Profissionais de Educação). Exige, ainda, melhores condições de trabalho e respeito à saúde do funcionalismo.
“A Aprofem também reafirma sua posição contrária ao modelo de remuneração por subsídio, destacando os prejuízos que esse formato representa para os Servidores, como: o fim da sexta-parte, de adicionais, Evolução Funcional e ganhos judiciais. A Entidade sempre se posicionou contra o subsídio, como amplamente divulgado”, acrescentou a categoria.









